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Líder do PT na Câmara gera impasse para aliança com o PSD em MG

PT abriu mão de tentar o governo mineiro por aliança ao PSD; Senado tem disputa entre líder do PT e braço direito de presidente do Senado

atualizado 21/02/2022 7:23

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Reginaldo Lopes relator reforma tributária Paulo Sergio/Câmara dos Deputados

O líder do PT na Câmara, Reginaldo Lopes, afirmou na sexta-feira (18/2) que não abre mão de concorrer ao Senado por Minas Gerais, o que frustra planos do PSD. As duas siglas costuram alianças nos campos estadual e nacional.

O PT não terá candidato a governador e deve apoiar para o posto o prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil, que é do PSD. Em troca, o PT espera lançar Lopes para o Senado.

O problema é que o senador Alexandre Silveira, do PSD, também quer concorrer. Silveira é o braço direito do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, também do PSD mineiro. O parlamentar chegou há pouco à Casa: era o suplente de Antonio Anastasia, que virou ministro do Tribunal de Contas da União (TCU). Se não se candidatar, Silveira terá apenas um ano de mandato.

“Não abrimos mão [da candidatura]. Se o Kalil quer nosso apoio, vai ter chapa fechada [do PSD]?”, questiona, lembrando que o PT já abriu mão de concorrer ao governo mineiro em deferência ao PSD. Apesar do posicionamento do pré-candidato, há setores do partido que têm outra avaliação, de olho na eleição presidencial: trocariam a candidatura petista ao Senado por uma aliança de Lula com o PSD já no primeiro turno.

A possibilidade, entretanto, está cada vez mais distante. Informalmente, Lula já definiu o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin como seu vice, mas o PSD gostaria de ter o posto com outro nome, possivelmente o do presidente do partido, Gilberto Kassab.

Diante do impasse, Kassab se movimenta para filiar e lançar o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, ao Planalto. O movimento sepultaria a aliança entre PT e PSD no primeiro turno.

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