O ex-ministro Tarcísio de Freitas tem subido nas pesquisas para o governo de São Paulo sem que haja uma estrutura de campanha para dar sustentação ao projeto bolsonarista no estado.
Adversários de Tarcísio e aliados do candidato do Republicanos relataram que a campanha se desenvolve no “piloto automático” e que não existe articulação política à altura das demais candidaturas paulistas.
Na segunda-feira (6/6), Tarcísio discursou em evento para filiados do PTB de São Paulo. Lideranças do partido e de outras siglas da chapa bolsonarista se queixaram ao longo da noite que o Republicanos não se preocupou em fazer uma cerimônia com propósito semelhante para o ex-ministro.
O representante de maior destaque do Republicanos no evento era o deputado Roberto de Lucena, uma liderança do segmento evangélico que se filiou à sigla na última janela partidária.
Nenhum dirigente do PSC acompanhava Tarcísio. O presidente do diretório paulista do partido, deputado Gilberto Nascimento, relatou a um interlocutor que não tinha acesso à agenda do ex-ministro. O PSC lançou o apresentador José Luiz Datena como candidato ao Senado na chapa bolsonarista, mas ele não foi convidado para o evento.
Tanto os aliados de Tarcísio quanto os adversários afirmam que não conseguem identificar um coordenador político constituído para a campanha. A equipe enxuta cria saias-justas para o ex-ministro, que reclama de não dar conta de todas as mensagens e ligações que chegam em seu celular. Ele tem um número de São Paulo e outro de Brasília para administrar.
A desenvoltura do ex-ministro é outro ponto que preocupa para o futuro. Tarcísio sempre foi um quadro técnico do governo federal e tem pouca vivência em comícios. Por diversas vezes, filiados do PTB tiveram de pedir silêncio para a claque que havia se dispersado durante o discurso no evento.
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Enquanto partidos se organizam em busca de alianças e de federações partidárias, nomes da política brasileira já são dados como certos nas eleições de 2022
TSE/Divulgação
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Em São Paulo, maior colégio eleitoral do Brasil, já se fala em ao menos 10 pré-candidatos. Alguns já estão oficializados pelos partidos; outros, ainda não
Reprodução/ Governo de São Paulo
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Rodrigo Garcia (PSDB) – O vice-governador de São Paulo foi escolhido em novembro de 2021 para concorrer ao governo do estado pelo Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB)
Fábio Vieira/Metrópoles
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Fernando Haddad é pré-candidato ao governo de São Paulo pelo Partido dos Trabalhadores (PT)
Rafaela Felicciano/Metrópoles
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Márcio França (PSB) – O ex-governador reafirmou que, “apesar das especulações”, segue como pré-candidato do partido ao governo de São Paulo. No Twitter, França fez post afirmando que tem “projeto para SP e muito apoio”
Fernanda Luz/Divulgação
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Vinícius Poit (Novo) – O Partido Novo lançou o deputado como pré-candidato ao governo de São Paulo nas eleições de 2022
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Abraham Weintraub (PMB) – O ex-ministro da Educação é o pré-candidato do Partido da Mulher Brasileira (PMB) ao governo de São Paulo
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Tarcísio de Freitas (Republicanos) – O ministro de Infraestrutura confirmou que concorrerá ao governo de São Paulo pelo Republicanos. Ele fez uma publicação em seu perfil no Twitter informando sua filiação
Marcelo Camargo/Agência Brasil
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Felício Ramuth, prefeito de São José dos Campos, concorrerá ao governo de São Paulo pelo Partido Social Democrático (PSD)
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Altino Junior (PSTU)- O Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado lançou o político como pré-candidato ao governo de São Paulo nas eleições de 2022
Foto: Sérgio Koei/PSTU
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