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Ex-número dois da Saúde fez documentos para rebater denúncia sobre Covaxin

Coronel enviou arquivos a amigos

atualizado 24/06/2021 17:46

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secretário-executivo do ministério da saúde, élcio franco Fábio Pozzebom/Agência Brasil

Élcio Franco, ex-secretário-executivo do Ministério da Saúde e assessor especial da Casa Civil, produziu dois documentos nessa quarta-feira (23/6) para rebater a denúncia feita ao MPF por Luis Ricardo Miranda, servidor da pasta que relatou irregularidades na compra da vacina Covaxin. Intitulados “Combatendo as Fake News sobre vacinas Final”, os arquivos foram disparados por mensagem a amigos do coronel da reserva.

Esses documentos basearam um pronunciamento de Franco à imprensa no Planalto na quarta-feira (23/6), pouco depois de Onyx Lorenzoni informar que o governo Bolsonaro havia acionado a PF, a PGR e a CGU contra o servidor e seu irmão, o deputado Luis Miranda, do DEM do DF.

Os arquivos, uma carta e uma apresentação, foram criados por Élcio Franco na terça-feira (22/6) e finalizados no dia seguinte. “Quanto à alegação de exigências de celeridade por todos os servidores nos processos das vacinas, acelerando a tramitação burocrática, inclusive nos finais de semana, essa era a diretriz de trabalho e a rotina no Ministério da Saúde para viabilizar vacinas para a população brasileira com a maior brevidade”, escreveu, rebatendo a acusação do servidor sobre pressões indevidas para fechar a compra da Covaxin. Em outra negociação de imunizantes com a Pfizer, no entanto, o Ministério da Saúde ignorou pelo menos 53 e-mails do laboratório.

Franco era o número dois da Saúde na época das supostas irregularidades relatadas aos procuradores. O também coronel Marcelo Pires, ex-assessor subordinado a Franco, teria pressionado o funcionário Luis Ricardo Miranda indevidamente no processo de compra da Covaxin, como revelou o colunista Caio Barbieri, do Metrópoles.

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