O discurso de Lula para a ala social democrata no Parlamento Europeu, aquele em que o ex-presidente foi bastante aplaudido e cujo vídeo circulou com força nas redes sociais petistas, preocupou alguns dirigentes da União Europeia em dois pontos.
Primeiro, causou apreensão aos defensores do tratado de livre comércio entre o bloco e o Mercosul a frase de Lula sobre fazer ajustes no acordo.
“Vamos aperfeiçoar os termos do acordo Mercosul-União Europeia. Não queremos uma América Latina voltada exclusivamente para o agronegócio e a mineração. Temos total capacidade de sermos também países industrializados, tecnologicamente avançados.”
Não interessa a quem vem trabalhando na União Europeia pelo acordo que ele seja revisto, muito menos nesses termos.
O segundo ponto foi a respeito da ausência de propostas para o combate à corrupção. Lula sequer mencionou o tema como algo com que se preocupe. Tanto para o Brasil ser aceito na Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) quanto para a evolução do relacionamento com a União Europeia, o bloco considera que o assunto não pode ser deixado de lado.
