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Coronel de jantar da suposta propina diz suspeitar que criptomoeda era golpe

Marcelo Blanco afirma que conversa com Dominguetti sobre bitcoins não tinha relação com negociação sobre vacina

atualizado 07/07/2021 17:49

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Ex-diretor substituto do Departamento de Logística do Ministério da Saúde, o tenente-coronel Marcelo Blanco afirmou que as conversas com o Luiz Paulo Dominguetti sobre criptomoedas não tinham relação com a negociação sobre vacinas. Blanco disse acreditar que o assunto foi uma tentativa de golpe ou de Dominghetti ou de alguém o usando.

A coluna mostrou nesta quarta-feira que mensagens extraídas do celular de Dominguetti mostrariam a negociação do pagamento de uma possível propina, por meio de criptomoedas.

Segundo Blanco, as conversas sobre criptomoedas começaram “do nada”, quando Dominguetti perguntou-lhe se o tenente-coronel entendia de criptomoedas, ao que Blanco respondeu que não, mas que poderia indicar alguém que conhecesse.

Dominguetti, em seguida, teria falado que um amigo tinha uma conta bloqueada com um valor muito alto em criptomoedas e que, para desbloqueá-la, precisaria que alguém depositasse o valor de duas bitcoins.

De acordo com Blanco, foi nessa hora que Dominguetti mencionou um possível depósito de US$ 1 milhão, que viria como uma “sinalização de boa fé” para que o depósito do valor das bitcoins não parecesse um golpe. Segundo o tenente-coronel, após consultar um outro amigo, Blanco voltou a Dominguetti, dizendo que aquilo era “furada”.

À coluna, o tenente-coronel disse acreditar que o pedido fazia parte de um golpe, como nos casos em que alguém pede um depósito de um valor com a promessa de devolver uma quantia maior.

“É alguém que usou o Dominguetti, ou ele está junto, que criou uma fantasia para tirar de alguém o valor de dois bitcoins. É tão somente um golpe”, afirmou.

O tenente-coronel também disse que as conversas que teve com Dominguetti referiam-se a seu interesse em buscar dados para o desenho de um projeto de compra de vacinas para o setor privado, uma vez que conhecia empresas que gostariam de obtê-las.

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