Investigação e informações exclusivas em política, negócios, cultura e esporte. Com Athos Moura, Bruna Lima, Eduardo Barretto e João Pedroso de Campos

Cinco meses depois, chacina do Jacarezinho permanece impune

MPRJ criou, em maio, uma força-tarefa com duração prevista de quatro meses, mas até agora o órgão não concluiu as investigações

atualizado 05/10/2021 23:03

Compartilhar notícia
Moradores fazem protestgo no dia seguinte da operação que deixou 25 mortos Aline Massuca/ Metrdópoles

A chacina do Jacarezinho, que vitimou 28 pessoas e se tornou a mais letal do Rio de Janeiro, completa cinco meses hoje e permanece impune. O Ministério Público do estado criou, em maio, uma força-tarefa com duração prevista de quatro meses, mas até agora o órgão não concluiu as investigações.

Em junho, a força-tarefa criada para apurar se houve uso excessivo de força pelo Estado oficiou a Secretaria Estadual da Policial Civil para o envio de informações que ainda estavam pendentes, mas até o início de setembro a Polícia Civil ainda não havia entregue todos os documentos requeridos.

Buscando a análise de uma perícia independente, o MPRJ enviou as roupas das 28 vítimas para perícia no Instituto de Criminalística de São Paulo. O IC não é subordinado à Polícia Civil Paulista como o IML é à Polícia Civil do Rio. Desde então, não há nenhuma atualização sobre o caso.

Paralelamente à força-tarefa que investiga as mortes por intervenção de agentes do Estado, o MPRJ também apura as denúncias de tortura dos seis presos que relataram, na audiência de custódia, terem sido torturados pelos agentes da Polícia Civil durante e após a operação. Também não há indiciados nesta investigação.

6 imagens
Ouvidos em audiência de custódia no fim da tarde desse sábado (8/5), quatro dos seis presos na Operação Jacarezinho relataram que foram obrigados a carregar corpos para o caveirão
Marcas de tiros em parede na favela do Jacarezinho
Beco com tiros na comunidade do Jacarezinho
Jacarezinho após operação policial
Parede com marcas de tiros no Jacarezinho
1 de 6

O foco da manifestação foi criticar a operação realizada no Rio

Foto: Fábio Vieira/Metrópoles
2 de 6

Ouvidos em audiência de custódia no fim da tarde desse sábado (8/5), quatro dos seis presos na Operação Jacarezinho relataram que foram obrigados a carregar corpos para o caveirão

3 de 6

Marcas de tiros em parede na favela do Jacarezinho

Foto: Aline Massuca/Metrópoles
4 de 6

Beco com tiros na comunidade do Jacarezinho

Foto: Aline Massuca/Metrópoles
5 de 6

Jacarezinho após operação policial

Foto: Aline Massuca/Metrópoles
6 de 6

Parede com marcas de tiros no Jacarezinho

Foto: Aline Massuca/Metrópoles

Já leu todas as notas e reportagens da coluna hoje? Clique aqui.

Compartilhar notícia
Tá bombando
Siga as redes do Guilherme Amado
Últimas da coluna
Compartilhar