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Caixa anuncia patrocínio ao COB, em meio a incerteza sobre repasses

Há entendimentos diversos sobre se repasses da lei das loterias devem ser feitos ao COB em caso de reeleição do atual presidente

atualizado 17/09/2024 13:01

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Imagem colorida da fachada da Caixa Econômica Federal provas concurso Flickr/Reprodução

Em meio à discussão se o Comitê Olímpico do Brasil (COB) perderá ou não a verba da lei das loterias caso o presidente Paulo Wanderley se reeleja, a Caixa Econômica Federal irá anunciar que será a nova patrocinadora da entidade. O valor do patrocínio será de R$ 160 milhões e durará todo o ciclo olímpico de Los Angeles 2028, ou seja, quatro anos. O colunista Igor Gadelha, do Metrópoles, informou em agosto que a negociação pelo patrocínio vinha ocorrendo.

O evento será nesta terça-feira (17/9), às 10h, em Brasília, e contará com presença maciça de presidentes de confederações e atletas. Eles foram convidados para a cerimônia na sexta-feira (13/9) à noite e as despesas da viagem foram custeadas pelo COB.

Tanto o evento quanto o convite acontecem em meio à corrida eleitoral pela presidência do comitê, e a parceria com a Caixa é uma demonstração de força de Paulo Wanderley. Os presidentes de confederações são a maioria do colégio eleitoral. O outro candidato é o ex-vice-presidente do COB, Marco La Porta.

Paulo Wanderley vem recebendo críticas por tentar concorrer novamente. Na visão de seus opositores, ele tentar o terceiro mandato contraria o estatuto do COB e a Lei Pelé, no que tange às regras para o repasse da verba das loterias. Por lei, o comitê recebe 1,7% do valor das apostas.

Tanto o estatuto quanto as regras para os repasses afirmam que cada presidente pode ter um mandato e uma eleição. Ele, no entanto, era vice de Carlos Arthur Nuzman, que renunciou. E, por isso, afirma que seu primeiro mandato foi tampão e não se enquadra nessa situação. Sua assessoria garante ter como provar juridicamente que ele está em situação regular.

A assessoria jurídica do Ministério do Esporte recebeu a recomendação de não autorizar os repasses caso Paulo Wanderley se reeleja. Esse entendimento, no entanto, não necessariamente será seguido pelo ministro André Fufuca.

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