Jair Bolsonaro descumpre o código de ética de seu partido, o PL, quando ataca as eleições sem provas. O documento prevê desde advertência até expulsão para o integrante que “atentar contra o livre exercício do direito de voto e a normalidade das eleições”.
O presidente se filiou ao PL em 30 de novembro do ano passado. Desde então, já fez ataques sem provas ao sistema eleitoral brasileiro. No início do mês passado, disse que o Exército havia identificado “dezenas de vulnerabilidades” no sistema, o que não é verdade.
No último dia 10, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) respondeu a questionamentos das Forças Armadas, mas as perguntas não tinham “qualquer comentário ou juízo de valor sobre segurança ou vulnerabilidades”, informou a corte. O tribunal retirou o sigilo das respostas no dia 16, depois que Bolsonaro fez esses ataques.
Valdemar Costa, presidente do Partido Liberal (PL), tem perfil articulador nos bastidores políticos. Nos últimos tempos, retornou ao holofotes com a filiação de Bolsonaro ao PL
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No governo Bolsonaro, o cacique da sigla já fez indicações ao Ministério da Saúde, ao Banco do Nordeste e ao Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação
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Em outubro de 2021, Valdemar gravou um vídeo convidando Bolsonaro a ingressar no PL e, também, afirmou que iria apoiá-lo na campanha de reeleição
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Em gravação a auxiliares, Waldemar defendeu a ideia dizendo que “todos têm que crescer”, se referindo à filiação do presidente
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Valdemar foi questionado diversas vezes sobre os enroscos que poderia criar para o PL com a filiação de Bolsonaro, mas o objetivo sempre foi o crescimento do partido
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Valdemar da Costa Neto, presidente do PL
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A filiação, inclusive, foi adiada uma vez, após troca de insultos entre Valdemar e Bolsonaro, incluindo um “VTNC você e seus filhos”, dito pelo presidente do PL
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Bolsonaro negou a troca de farpas com o cacique do PL, mas exigiu ter a palavra final sobre os palanques do partido em 2022 nos três maiores colégios eleitorais do Brasil
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O "casamento" só deu certo após Valdemar acertar a candidatura do ministro Tarcísio Freitas ao governo de São Paulo
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Com a entrada do bolsonarista na eleição de São Paulo, Valdemar precisará refazer os cálculos para repartir o fundo partidário entre todos os deputados do PL
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