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As recomendações que Lula deixou para o PT antes de entrar de férias

Entre os recados de Lula estão a manutenção da candidatura de Haddad em SP e a adequação do PSB nos estados onde o PT lançará governadores

atualizado 09/01/2022 10:34

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Lula Fábio Vieira/Metrópoles

O ex-presidente Lula deixou algumas recomendações para a direção do PT antes de tirar férias em São Paulo. O principal recado foi para manter a intransigência da sigla em relação à candidatura de Fernando Haddad ao governo de São Paulo.

Lula deixou claro para os petistas que não abrirá mão do palanque de Haddad no maior colégio eleitoral do país. O ex-presidente está convicto de que o ex-prefeito vencerá a disputa caso Geraldo Alckmin aceite o convite para ser o vice na chapa presidencial.

A candidatura de Haddad é um dos motivos que prejudicaram a relação entre o PT e o PSB. Os socialistas esperavam que a abertura para filiar Alckmin e transformá-lo em vice de Lula seria recompensada com o apoio dos petistas em alguns estados, incluindo São Paulo. O PSB quer lançar o ex-governador Márcio França na disputa estadual.

Outra recomendação de Lula está diretamente ligada ao PSB. O ex-presidente afirmou que o PT não abrirá mão das candidaturas aos governos da Bahia, do Rio Grande do Norte, do Sergipe e do Piauí. Lula quer uma avaliação nos estados para entender qual é a postura do PSB em cada um deles e o que terá de ser feito para os socialistas apoiarem os candidatos a governador do PT.

Lula terá outras questões para resolver quando retomar os trabalhos. O ex-governador Zeca do PT insiste que será o candidato do partido ao governo de Mato Grosso do Sul, e o ex-reitor Wolmir Amado colocou o nome à disposição para concorrer em Goiás. A direção nacional, no entanto, não decidiu se entrará na briga por esses estados.

As candidaturas de governadores costumam ser caras, e a prioridade do PT é destinar dinheiro para eleger uma bancada expressiva de deputados federais.

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Lula e Alckmin disputaram o segundo turno das eleições presidenciais de 2006 em uma campanha marcada por ataques mútuos. Lula saiu vencedor com 48,61% dos votos
Após a derrota, Alckmin seguiu como oposição ferrenha a Lula
No entanto, mirando nas eleições de 2022, o ex-presidente mostrou interesse em ter Alckmin como vice
O ex-governador, inclusive, tem sinalizado favoravelmente ao petista
A aliança entre os políticos é estratégica. Ter Alckmin como vice pode atrair setores do mercado e do empresariado que resistem ao nome de Lula como candidato à Presidência da República
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Quinze anos depois de concorrerem como rivais nas eleições ao cargo de chefe do Executivo federal, o ex-presidente Lula (PT) e o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB) ensaiam formar aliança inusitada para 2022

Ana Nascimento/ Agência Brasil
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Lula e Alckmin disputaram o segundo turno das eleições presidenciais de 2006 em uma campanha marcada por ataques mútuos. Lula saiu vencedor com 48,61% dos votos

Band/Reprodução
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Após a derrota, Alckmin seguiu como oposição ferrenha a Lula

Filipe Cardoso/ Metrópoles
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No entanto, mirando nas eleições de 2022, o ex-presidente mostrou interesse em ter Alckmin como vice

Rafaela Felicciano/Metrópoles
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O ex-governador, inclusive, tem sinalizado favoravelmente ao petista

Michael Melo/Metrópoles
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A aliança entre os políticos é estratégica. Ter Alckmin como vice pode atrair setores do mercado e do empresariado que resistem ao nome de Lula como candidato à Presidência da República

Michael Melo/Metrópoles
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O tucano pode, também, agregar mais votos de São Paulo, o maior colégio eleitoral do país

Igo Estrela/Metrópoles
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De acordo com pesquisa realizada em setembro de 2021 pelo Datafolha, Alckmin estava na liderança para o governo paulista

Igo Estrela/Metrópoles
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A aliança entre os políticos foi oficializada em abril de 2022. A "demora" envolveu, além das questões legais da política eleitoral, acordo sobre a qual partido o ex-governador se filiaria

Ana Nascimento/ Agência Brasil
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Ao ser vice de Lula, Alckmin almeja ganhar ainda mais projeção política, o que o beneficiará durante possível corrida presidencial em 2026

Rafaela Felicciano/Metrópoles

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