O procurador-geral da República, Augusto Aras, foi alertado por colegas procuradores de que uma falha no aeroporto de Ponta Porã (MS), na fronteira com o Paraguai, pode estar permitindo o transporte de armas e munições para milicianos no Brasil.
Em conversa com Aras na PGR na semana passada, procuradores do Mato Grosso do Sul relataram que o aeroporto estava sem aparelho de raio-x. No fim de janeiro, o aeroporto voltou a ter voos regulares.
Nessa reunião, os procuradores compartilharam dificuldades para investigar o crime organizado na região, principalmente o tráfico de armas do aeroporto de Ponta Porã para outras cidades do Brasil. Ponta Porã é cidade gêmea da paraguaia Pedro Juan Caballero.
A suspeita do MPF é que os criminosos pudessem embarcar facilmente armas e munição, na ausência da inspeção eletrônica. A carga abasteceria milicianos no Rio de Janeiro e em São Paulo. Aras prometeu levar a situação para a Polícia Federal, a Infraero e a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).
(Atualização às 15h40 de 1º de abril de 2022: Em nota, a Infraero afirmou que o aeroporto de Ponta Porã tem aparelho de raio-x e detector de metais, cumprindo todas as regras da Anac. A notícia foi atualizada para fins de clareza da informação.)
