O procurador-geral da República, Augusto Aras, deve seguir o posicionamento do Planalto e afirmar ao STF que o indulto presidencial ao deputado bolsonarista Daniel Silveira foi constitucional e legal. Aras tem feito essa avaliação a colegas nos últimos dias.
O indulto presidencial a Daniel Silveira foi decretado por Bolsonaro no último dia 21, apenas um dia após o parlamentar ter sido condenado pelo Supremo a oito anos e nove meses de prisão por ameaças antidemocráticas, inclusive a ministros do tribunal. No inquérito, a PGR pediu a condenação do bolsonarista e classificou sua conduta de “intolerável”.
Na semana seguinte à decisão que beneficiou o aliado, Bolsonaro fez um evento oficial no Planalto recheado de ataques ao STF e às eleições. O principal homenageado foi Daniel Silveira, que posou com o presidente segurando o decreto de indulto em uma moldura.
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1 de 10Daniel Ferreira/Metrópoles
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A relação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, com o presidente Jair Bolsonaro é, de longe, uma das mais tumultuadas do cenário político brasileiro
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No capítulo mais acalorado, no último 7 de Setembro, o presidente chamou o ministro de “canalha” e ameaçou afastá-lo do cargo
Reprodução
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O motivo? Moraes expediu ordem de busca e apreensão contra bolsonaristas e bloqueou contas bancárias de entidades suspeitas de financiar atos contra o STF
HUGO BARRETO/ Metrópoles
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“Sai, Alexandre de Moraes, deixe de ser canalha, deixe de oprimir o povo brasileiro”, disse o presidente diante de uma multidão
Fábio Vieira
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Meses antes, em fevereiro, Moraes havia mandado prender o deputado federal Daniel Silveira (PSL-RJ), aliado do presidente
Aline Massuca
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Moraes também é relator de inquéritos em que o presidente e vários de seus aliados aparecem como investigados
Daniel Ferreira/Metrópoles
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O mais recente é o que investiga Bolsonaro por associar as vacinas contra a Covid-19 com a contração do vírus HIV, causador da aids
Micheal Melo/ Metrópoles
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O inquérito motivou o início de mais um round entre os dois
Marcelo Camargo/ Metrópoles
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“Tudo tem um limite. Eu jogo dentro das quatro linhas, e quem for jogar fora das quatro linhas não vai ter o beneplácito da lei. Se quiser jogar fora das quatro linhas, eu jogo também”, disse o presidente
Rafaela Felicciano/Metrópoles
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