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Apuração preliminar da PGR contra Jair Bolsonaro completa um ano

Augusto Aras tem sido criticado por lentidão em processos envolvendo Bolsonaro; ministros do STF expressaram insatisfação publicamente

atualizado 08/01/2022 19:48

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A posse do novo procurador-geral da República, Augusto Aras, na manhã desta quarta-feira (2/10), foi bastante prestigiada. Presentes várias autoridades, como o presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL), e o chefe do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Dias Toffoli. Hugo Barreto/Metrópoles

Um ano depois, a PGR ainda não concluiu uma apuração preliminar contra Jair Bolsonaro por causa da crise da Covid no Amazonas. Em janeiro de 2021, dezenas de pacientes no Amazonas e também no Pará morreram por falta de oxigênio hospitalar na luta contra a Covid. Os corpos tiveram de ser enterrados em valas comuns, tamanha a velocidade das mortes por asfixia.

Uma apuração preliminar é uma investigação sigilosa da PGR que pode reunir indícios de crimes de alguma autoridade com foro privilegiado. Se isso acontecer, a apuração serve de justificativa para pedir a abertura de um inquérito. Nesse caso, o processo contra Bolsonaro tramitaria no STF.

Indicado e reconduzido por Jair Bolsonaro sem estar nas listas tríplices da PGR, o procurador-geral da República, Augusto Aras, tem sido criticado pela lentidão para investigar supostos crimes do presidente. No fim do ano, a CPI da Pandemia pediu que a PGR indicie Bolsonaro por nove crimes, inclusive epidemia com resultado morte. Essa solicitação também está na PGR, sem definição.

A insatisfação com Aras foi verbalizada por ministros do Supremo recentemente. Em outubro, Cármen Lúcia mandou o PGR explicar o que faria sobre as falas golpistas de Bolsonaro no 7 de Setembro. Em dezembro, Alexandre de Moraes deu 24 horas para Aras compartilhar com a corte uma apuração preliminar que investigava mentiras de Bolsonaro sobre a vacina da Covid. Em seguida, Moraes abriu um inquérito por conta própria.

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Desde o início da pandemia até a primeira semana de dezembro de 2021, o Ministério da Saúde registrou mais de 22 milhões de casos de Covid-19 confirmados no Brasil
Segundo o Boletim Epidemiológico, o Brasil é o terceiro país com maior número de casos acumulados
Em relação aos óbitos, até 20 de dezembro, foram confirmadas mais de 617 mil mortes. O Brasil é o segundo país com maior número acumulado, atrás apenas dos Estados Unidos
A pasta da Saúde registrou durante esse período mais de 21 milhões de pessoas recuperadas da Covid-19, o que representa 96,6% dos que já contraíram o vírus. O país é o terceiro com maior quantidade de recuperados no mundo
Considerando os dados acumulados de casos e óbitos, desde o início da pandemia, Roraima apresentou a maior incidência do país, 20.372,0casos/100 mil hab., enquanto que a maior taxa de mortalidade foi no Rio de Janeiro, que contabilizou 398,1 óbitos/100 mil habitantes
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Yanka Romão/Metrópoles
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Desde o início da pandemia até a primeira semana de dezembro de 2021, o Ministério da Saúde registrou mais de 22 milhões de casos de Covid-19 confirmados no Brasil

Shutterstock
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Segundo o Boletim Epidemiológico, o Brasil é o terceiro país com maior número de casos acumulados

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Em relação aos óbitos, até 20 de dezembro, foram confirmadas mais de 617 mil mortes. O Brasil é o segundo país com maior número acumulado, atrás apenas dos Estados Unidos

Altemar Alcântara/Semcom
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A pasta da Saúde registrou durante esse período mais de 21 milhões de pessoas recuperadas da Covid-19, o que representa 96,6% dos que já contraíram o vírus. O país é o terceiro com maior quantidade de recuperados no mundo

Divulgação/Agência Brasília

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Considerando os dados acumulados de casos e óbitos, desde o início da pandemia, Roraima apresentou a maior incidência do país, 20.372,0casos/100 mil hab., enquanto que a maior taxa de mortalidade foi no Rio de Janeiro, que contabilizou 398,1 óbitos/100 mil habitantes

Reprodução
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Até 20 de dezembro, o Brasil tinha 36 casos confirmados da variante Ômicron. A cepa foi identificada pela primeira vez em países da África, em novembro de 2021

Andriy Onufriyenko/ Getty Images
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A campanha de vacinação contra a Covid-19 teve início em janeiro deste ano. Até a segunda semana de dezembro, mais de 160 milhões de pessoas receberam a primeira dose da vacina, o que corresponde a cerca de 75% da população

Getty Images
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Cerca de 140 milhões de pessoas estão totalmente imunizadas com as duas doses ou dose única no Brasil. O número representa cerca de 66% da população

Rafaela Felicciano/Metrópoles
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Em relação a dose de reforço, aproximadamente 22 milhões de habitantes receberam o imunizante. O valor corresponde a 10% da população

Hugo Barreto/Metrópoles
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Considerando os dados do site Our World in Data, o estado de São Paulo ultrapassa países como Itália, França, Reino Unido e Alemanha no quesito imunização completa contra o coronavírus

Fábio Vieira/Metrópoles
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No ranking global, o Brasil é o quarto país com mais doses aplicadas. Foram 324 milhões até a segunda semana de dezembro

Sandro Araújo/Agência Saúde DF

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