Nesta análise, avalio que os militares das três Forças acham que é possível gozar as benesses dos cargos civis sem ter que lidar com o ônus que se meter na política traz. A nota das Forças Armadas tentando intimidar a CPI da Pandemia tem a ver com isso e denota desespero.
Desespero por não saber lidar com essa contradição e também pela fragmentação. Enquanto há militares dispostos a abraçar o projeto golpista de Bolsonaro, existem outros que ainda acreditam na construção que vinha sendo feita até alguns anos atrás, das três Forças como instituições de Estado. Não há portanto homogeneidade entre os militares: se houvesse, e todos quisessem um golpe, alguns não precisariam falar grosso na tentativa de intimidar.
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