Representantes dos diretórios do PSDB que denunciaram as filiações de 92 prefeitos e vice-prefeitos em São Paulo pretendem mirar os canhões contra Marco Vinholi, presidente do diretório paulista e secretário de Desenvolvimento Regional do governo de João Doria.
Os aliados de Eduardo Leite afirmam que a denúncia inicial pedia a punição dos responsáveis pelas filiações no conselho de ética do partido. Eles esperam que o presidente nacional, Bruno Araújo, se posicione em relação ao assunto em breve.
A comissão de prévias do PSDB aceitou a acusação de que as filiações dos gestores foram registradas na sigla com datas retroativas à assinatura das fichas e anulou o direito ao voto dos 92 tucanos. A decisão, no entanto, não faz menção à prática de irregularidades ou fraudes por parte do diretório paulista.
Araújo não sinalizou o que pretende fazer em relação ao pedido dos aliados de Leite. Ao menos por enquanto, o grupo ligado ao governador gaúcho não quer pressionar o presidente a se manifestar.
Entre os aliados de João Doria, o cerco contra Vinholi foi interpretado como mais uma estratégia eleitoral de Leite. Após a decisão da comissão, Vinholi entrou com uma representação para que sejam suspensos 34 filiados dos diretórios do Rio Grande do Sul, da Bahia e de Minas Gerais que também teriam sido cadastrados no sistema do PSDB com datas retroativas. A estratégia dos auxiliares de Leite seria uma forma de tirar o foco dessa acusação, segundo a campanha de Doria.