A Advocacia-Geral da União (AGU) protocolou nesta sexta-feira (28/1) um recurso no STF para Jair Bolsonaro não depor à PF 11 minutos antes do horário do interrogatório. Bolsonaro ignorou a decisão do ministro Alexandre de Moraes e faltou ao depoimento.
O pedido chegou ao gabinete de Moraes, relator do inquérito que apura divulgação de informações falsas sobre o sistema eleitoral, às 14h08, oito minutos após o início previsto do depoimento.
Ao rejeitar o recurso da AGU, que representava Bolsonaro, Moraes afirmou que o governo tinha até 6 de dezembro para questionar a decisão sobre o depoimento e solicitar que o plenário julgasse o caso, o que não aconteceu.
Em 14 de dezembro, a Polícia Federal havia intimado Bolsonaro a depor nesse inquérito. Nesta quinta-feira (27/1), o ministro Alexandre de Moraes determinou que o presidente prestasse depoimento à PF nesta sexta-feira (28/11).
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1 de 10Daniel Ferreira/Metrópoles
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A relação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, com o presidente Jair Bolsonaro é, de longe, uma das mais tumultuadas do cenário político brasileiro
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No capítulo mais acalorado, no último 7 de Setembro, o presidente chamou o ministro de “canalha” e ameaçou afastá-lo do cargo
Reprodução
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O motivo? Moraes expediu ordem de busca e apreensão contra bolsonaristas e bloqueou contas bancárias de entidades suspeitas de financiar atos contra o STF
HUGO BARRETO/ Metrópoles
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“Sai, Alexandre de Moraes, deixe de ser canalha, deixe de oprimir o povo brasileiro”, disse o presidente diante de uma multidão
Fábio Vieira
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Meses antes, em fevereiro, Moraes havia mandado prender o deputado federal Daniel Silveira (PSL-RJ), aliado do presidente
Aline Massuca
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Moraes também é relator de inquéritos em que o presidente e vários de seus aliados aparecem como investigados
Daniel Ferreira/Metrópoles
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O mais recente é o que investiga Bolsonaro por associar as vacinas contra a Covid-19 com a contração do vírus HIV, causador da aids
Micheal Melo/ Metrópoles
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O inquérito motivou o início de mais um round entre os dois
Marcelo Camargo/ Metrópoles
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“Tudo tem um limite. Eu jogo dentro das quatro linhas, e quem for jogar fora das quatro linhas não vai ter o beneplácito da lei. Se quiser jogar fora das quatro linhas, eu jogo também”, disse o presidente
Rafaela Felicciano/Metrópoles
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