A Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) repudiou, nesta quinta-feira (13/6), a decisão do juiz Gilberto Gomes de Oliveira Junior, de Santa Catarina, de censurar uma reportagem do da coluna que revelou mensagens de um grupo de WhatsApp em que empresários bolsonaristas tratavam de um golpe, caso Lula vencesse, atacavam o Supremo e o Tribunal Superior Eleitoral. A decisão atendeu a um pedido do empresário Luciano Hang.
A presidente da Abraji, Kátia Brembatti, afirmou que considera que a determinação do juiz catarinense é “inadequada e desproporcional”. Segundo ela, “a Constituição veta a censura, prévia e posteriori” e aponta que a remoção do conteúdo jornalístico só pode acontecer “em casos extremados, depois de uma vasta análise de mérito”.
Na nota de repúdio, a Abraji apontou que Hang consta no Monitor de Assédio Judicial, divulgado recentemente pela entidade, como uma figura que adota a prática de recorrer à Justiça para silenciar a imprensa. “Causa estranheza os casos recorrentes de derrotas do jornalismo na Justiça catarinense”.
“Luciano Hang consta no Monitor de Assédio Judicial, recentemente divulgado pela Abraji, como uma figura que adota a prática de recorrer ao judiciário como forma de buscar o silenciamento da imprensa”, destacou Brembatti.
