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Reitora da UnB suspende youtuber Wilker Leão das aulas por 60 dias

O youtuber Wilker Leão é acusado de gravar e divulgar debates do ambiente acadêmico sem autorização, provocando ofensas nas redes sociais

atualizado 15/12/2024 13:07

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A reitora da Universidade de Brasília (UnB), Rozana Naves, determinou a suspensão cautelar do aluno Wilker Leão de Sá de duas disciplinas do curso de história por 60 dias. A decisão foi expedida na última quinta-feira (12/12).

Wilker é dono de um canal no YouTube que tem 885 mil seguidores. Ele é acusado de gravar e divulgar debates ocorridos no ambiente acadêmico sem autorização, provocando comentários racistas, machistas e homofóbicos nas redes sociais.

No YouTube, Wilker Leão disse que se matriculou em história “justamente por ser um dos cursos que a esquerda mais dominou com suas narrativas ideológicas e doutrinárias”. “Combater isso é o meu principal objetivo dentro da universidade federal”, declarou.

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Seguidores de Wilker Leão organizam-se nos comentários da publicação para agredirem alunos do curso de História da Universidade de Brasília (UnB)
Seguidor de Wilker Leão publica no X, antigo Twitter, nome completo, foto, CPF e endereço de aluna que criticou Wilker em grupo de aplicativo de mensagens
Wilker ficou conhecido pelo público geral em agosto de 2022, quando filmou e provocou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL)
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Nos comentários, seguidores se organizam para agir em nome do youtuber

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Seguidores de Wilker Leão organizam-se nos comentários da publicação para agredirem alunos do curso de História da Universidade de Brasília (UnB)

Redes sociais/Reprodução
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Seguidor de Wilker Leão publica no X, antigo Twitter, nome completo, foto, CPF e endereço de aluna que criticou Wilker em grupo de aplicativo de mensagens

Redes sociais/Reprodução
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Wilker ficou conhecido pelo público geral em agosto de 2022, quando filmou e provocou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL)

Reprodução/YouTube
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Reprodução

A UnB abriu um processo para apurar a conduta de Wilker Leão, que consiste em “gravações sem a devida autorização, ocasionando prejuízo ao regular andamento de disciplinas, resultando, inclusive, em suspensão dessas aulas e, por consequência, ocasionando prejuízo também aos estudantes matriculados nessas disciplinas”.

Na decisão cautelar, a reitora da UnB proibiu Wilker Leão de participar das aulas de história da África e história do Brasil, por dois meses. Veja:

Reitora da UnB suspende youtuber Wilker Leão das aulas por 60 dias

O youtuber disse, na rede social, que vai recorrer. “Isso confirma a minha tese: se você pensar de maneira divergente, por mais que seja com todo respeito do mundo, como eu tenho feito, você será perseguido de todas as maneiras. Eu sou ou não uma vítima desse autoritarismo?”, declarou.

Boletim de ocorrência

Wilker Leão ficou conhecido pelo público geral em agosto de 2022, quando filmou e provocou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) após ele sair do Palácio da Alvorada, em Brasília.

Em agosto de 2024, uma professora do curso de história na UnB registrou boletim de ocorrência na Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) no qual afirmou ser vítima de difamação por parte do influenciador, que publicou vídeos em que os dois debatiam dentro da sala de aula.

A docente disse que recebeu ofensas por causa das publicações de Wilker Leão e diversos comentários de ódio, que chegaram ao conhecimento dos filhos menores de idade. Devido a esses ataques, a professora decidiu suspender a disciplina neste semestre.

O Centro Acadêmico de História, da UnB, decidiu, por unanimidade, expulsar o youtuber dos espaços de convívio promovidos pela entidade estudantil, como debates, rodas de conversa, eventos públicos e espaço físico do Centro Acadêmico. O grupo encaminhou um pedido à Reitoria para a abertura de um Processo Administrativo Disciplinar (PAD) contra Wilker Leão.

O Centro Acadêmico, no entanto, não abriu espaço para participação de Wilker Leão na assembleia, o que causou indignação do influenciador.

Ao menos 12 estudantes que tiveram dados vazados após publicações de Wilker Leão disseram que foram vítimas de ameaças de violência física e comentários racistas, machistas e homofóbicos. Até o momento, cinco boletins de ocorrência foram registrados contra o youtuber e seus seguidores.

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