A pré-candidata a governadora do Distrito Federal pelo PSol, Keka Bagno, fez um desabafo em que apontou “invisibilização” dela em eventos com Lula (PT) em Brasília nesta semana.
Em publicação nesta quinta-feira (14/7), Keka disse que não a deixaram falar como pré-candidata ao governo, apenas como representante do PSol, durante evento no Centro de Convenções Ulysses Guimarães. E, no momento de seu discurso, “colocaram no telão atrás a foto de outro pré-candidato, homem e branco”. Ela se refere a Leandro Grass, pré-candidato ao GDF da federação formada por PT, PV e PCdoB.
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Keka reclamou que não quiseram citar a presença dela no segundo evento como candidato a presidente da República, que contou com representantes do setor cultural. “Mas foram obrigados pela indignação de quem ali estava. A contradição não é minha, não é nossa”, afirmou.
A pré-candidata ainda insinuou que o “cerceamento” tem a ver com o fato de ela ser mulher, negra e lésbica. “Desde o início, sabíamos que não seria fácil. Ouço que nossa pré-campanha está centrada ‘demais’ em mulheres e negritude. Que ‘as pessoas já sabem que você é mulher negra’. Me pergunto os motivos de incomodar tanto nos reafirmarmos?! Eu gostaria de não precisar ser repetitiva, mas as violências se repetem cotidianamente”, escreveu.
Integrantes do PSol descreveram a situação como “absurda” e questionam se a federação do PT, PV e PCdoB “acha que sozinha vai dar conta da missão de derrotar Bolsonaro no DF”.
A coordenação da federação PT-PCdoB-PV no DF disse que o ato no Centro de Convenções foi promovido pelo grupo. “O Psol foi convidado a participar por apoiar o presidente Lula. Quando houver um ato da federação Psol-Rede em apoio a Lula no DF, esperamos que convide nossa federação e nossos candidatos, assim como nós os convidamos. Respeitaremos as condições que eles estabelecerem, como convidados.”
