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Exclusivo. SSP-DF orientou PM a agir contra bolsonaristas 2 dias antes de atos terroristas e confirma negligência

Documento interno da SSP-DF assinado dois dias antes de atos terroristas determinou à PMDF que impedisse acesso à Praça dos Três Poderes

atualizado 09/01/2023 10:36

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Foto colorida mostra ação de policiais durante atos golpistas e antidemocráticos em Brasília em 8/1 Alexandre de Moraes - Metrópoles Matheus Veloso/Metrópoles

Um documento oficial da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal (SSP-DF) confirma que houve negligência da Polícia Militar (PMDF) durante os atos terroristas registrados em Brasília, no domingo (8/1).

O Protocolo de Ações Integradas nº 2/2023, obtido pela coluna Grande Angular, deixa explícito que cabia à PMDF manter a ordem e impedir que os extremistas entrassem na Praça dos Três Poderes.

A PMDF não agiu conforme o plano previsto pela SSP-DF, e o resultado foi a invasão e depredação de prédios considerados patrimônios públicos como Congresso Nacional, Palácio do Planalto e Supremo Tribunal Federal (STF).

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Pouco antes, os manifestantes haviam invadido Congresso Nacional e Palácio do Planalto
Bolsonaristas entram no Supremo Tribunal Federal
Dentro do prédio, golpistas depredaram patrimônio público
Extremistas deixaram local totalmente destruído
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Bolsonaristas invadiram o prédio do Supremo Tribunal Federal (STF) na tarde de 8 de janeiro

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Pouco antes, os manifestantes haviam invadido Congresso Nacional e Palácio do Planalto

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Bolsonaristas entram no Supremo Tribunal Federal

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Dentro do prédio, golpistas depredaram patrimônio público

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Extremistas deixaram local totalmente destruído

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Invasão do STF em 8 de janeiro

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Imagens mostram depredação no STF

Metrópoles
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Bolsonaristas no STF

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Bolsonaristas ocupam e depredam plenário do Supremo Tribunal Federal

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Policiais reagiram com bombas de gás lacrimogênio

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Portas e janelas de vidro foram quebradas nas casas dos três poderes: Executivo, Lesgislativo e Judiciário

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Clima é de tensão

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Bolsonaristas invadem e depredam STF

O Protocolo de Ações Integradas detalhou como cada órgão distrital e federal atuaria diante do ato violento convocado por bolsonaristas pelas redes sociais. A PMDF seria responsável por 11 ações com objetivo de manter a ordem, segundo o documento de preparação emitido dois dias antes dos atos terroristas, na sexta-feira (6/1).

O texto, assinado pela subsecretária de Operações Integradas, coronel Cíntia Queiroz de Castro, deixa claro que cabia à PMDF “não permitir acesso de pessoas e veículos à Praça dos Três Poderes” e “ficar em condições de empregar tropa especializada em controle de distúrbio, no caso de perturbação da ordem”.

O protocolo também previu que a PMDF deveria “planejar e executar ações de policiamento ostensivo, com objetivo de manter e preservar a ordem pública durante a realização do evento, empregando, para esse fim, efetivos e meios necessários”.

As cenas de guerra registradas na capital federal comprovam que a corporação não cumpriu o papel determinado explicitamente.

Veja todas as atribuições da PMDF previstas pela SSP-DF:

  • Caso seja acionado, realizar o fechamento do trânsito de veículos na Esplanada dos Ministérios, nas vias S1 e N1, entre a Alça Leste e a Via L4 Norte;
  • Planejar e executar ações de policiamento ostensivo, com objetivo de manter e preservar a ordem pública durante a realização do evento, empregando, para esse fim, efetivos e meios necessários, conforme planejamento próprio da instituição e
    o acordado em reunião na SSP, no dia 6 de janeiro de 2023;
  • Executar policiamento e monitoramento nas rodovias distritais e de acesso no DF, com objetivo de prevenir trânsito de veículos de manifestantes para a área central de Brasília, direcionando as caravanas identificadas para estacionamento na Granja do Torto;
  • Reforçar o policiamento ostensivo nas imediações das centrais de distribuição de combustíveis no Setor de Indústria e Abastecimento (SIA);
  • Executar o policiamento ostensivo de trânsito no deslocamento dos manifestantes, conforme planejamento próprio;
  • Acompanhar o ato durante todo o itinerário, com o objetivo de manter a ordem e a segurança pública, tanto dos participantes da manifestação como das pessoas da comunidade em geral, mantendo a incolumidade das pessoas e do patrimônio e evitando acidentes;
  • Impedir que os manifestantes utilizem objetos, materiais ou substâncias capazes de produzir lesão ou causar dano durante a marcha;
  • Ficar em condições de empregar tropa especializada em controle de distúrbio, no caso de perturbação da ordem;
  • Não permitir acesso de pessoas e veículos à Praça dos Três Poderes, conforme tratado em reunião e Protocolo de Ações;
  • Efetuar interdições parciais ou totais das vias públicas, quando necessárias para a preservação da segurança dos participantes da manifestação e dos demais usuários;
  • Manter reforço de efetivo nas adjacências/perímetro interno dos prédios públicos de toda extensão da Esplanada dos
    Ministérios, Congresso Nacional e Praça dos Três Poderes, bem como na Estação Rodoviária de Brasília.

Bolsonaristas que não aceitam a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) como presidente da República não registraram o evento na SSP-DF, como de praxe em manifestações na capital federal.

Mesmo assim, o Governo do Distrito Federal (GDF) sabia do evento e preparou o protocolo de ações integradas com base “em levantamento de inteligência e divulgação em redes sociais”.

Leia o protocolo na íntegra:

SSP Determinou PMDF a Não D… by Metropoles

O dia seguinte

Trezentas pessoas foram presas após a invasão às sedes dos Três Poderes. Os detidos começaram a ser transferidos para o Complexo Penitenciário da Papuda e para a Penitenciária Feminina do Distrito Federal na manhã desta segunda-feira (9/1).

O acampamento montado por bolsonaristas em frente ao Quartel-General do Exército, em Brasília, começou a ser desmontado nesta manhã. Os extremistas deixam o local com malas e barracas.

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