A Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) fez uma sessão solene em homenagem às escolas cívico-militares, na última quinta-feira (29/8). O ex-ministro da Casa Civil e da Defesa do governo de Jair Bolsonaro (PL), general Walter Braga Netto, e a deputada federal Bia Kicis (PL-DF) participaram do evento.
O modelo das escolas cívico-militares foi desenhado na gestão de Bolsonaro. Em julho de 2023, o governo federal, sob comando do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), revogou o programa.
O Governo do Distrito Federal (GDF), porém, decidiu continuar com o projeto e incluiu os quatro colégios que integravam o programa federal na lista das escolas de gestão compartilhada entre a Secretaria de Educação (SEEDF), a Polícia Militar (PMDF) e Corpo de Bombeiros Militar (CBMDF). Hoje, há 17 unidades de ensino com esse modelo na capital do país.
Para Braga Netto, o “único problema que apareceu nas escolas cívico-militares foi o de professores tendo mais trabalho, porque tiveram de mudar o plano de aula” para que a duração das classes passasse de 30 para 50 minutos.
“A partir do momento que entrou a questão da disciplina e do respeito, além de diminuírem o índice de evasão escolar e de dano ao patrimônio, o professor teve de refazer o plano para ter 50 minutos de aula”, comentou.
Os diretores desses colégios receberam moção de louvor durante a sessão, de iniciativa do deputado distrital Thiago Manzoni (PL). O deputado também afirmou que destinou R$ 4 milhões em emendas parlamentares, de R$ 2,3 milhões em 2023 e R$ 1,7 milhão em 2024, para as escolas cívico-militares do DF.
Manzoni declarou que esses colégios têm diferenciais, como a cobrança de disciplina e de respeito à hierarquia, “questões fundamentais para a evolução e o amadurecimento de todo ser humano, para o atingir de objetivos e o realizar de sonhos”.
O deputado distrital enfatizou, ainda, que os papéis da família e da escola são distintos. “A família educa com princípios, forma caráter, entrega valores morais, éticos, religiosos e vai moldando a criança e o adolescente até a vida adulta. A escola trabalha a parte cognitiva e a parte de conhecimento técnico dessas crianças e desses adolescentes, preparando o intelecto deles para a vida adulta”, completou.
Bia Kicis argumentou que o ambiente de segurança e disciplina nas escolas cívico-militares permite o desenvolvimento integral dos alunos. “Graças a essa iniciativa, crianças e jovens matriculados em escolas públicas podem, finalmente, ter uma educação que os permita se desenvolver intelectual e fisicamente em um ambiente seguro, onde a disciplina garante o aprendizado de qualidade”, afirmou.
Também participaram da cerimônia o comandante-geral do CBMDF, coronel Sandro Gomes; a comandante do Batalhão de Policiamento Escolar (BPesc-PMDF), coronel Renata Braz das Neves Cardoso; e o secretário-executivo de Segurança Pública e delegado da Polícia Federal, Alexandre Patury.
