Uma coisa, naturalmente, nada tem a ver com a outra, mas, depois da morte do Rei Pelé, a situação do Santos foi ficando cada dia mais calamitosa e desesperadora.
Nas redes sociais, há torcedores que fazem orações e invocam o espírito de Pelé, para que, de onde estiver, o Rei possa iluminar cartolas e jogadores santistas, nesse momento dramático.
Afinal de contas, o Santos deve muito a Pelé. O Santos só virou um time realmente grande e respeitado depois que entregou aquela camisa 10 ao menino Edson Arantes d Nascimento. O resto é história.
Pois agora, neste início desastroso de 2023, o time já está na lanterna do Grupo A do Paulistão, atrás de Bragantino, Botafogo-SP e Inter de Limeira. O grande temor é de que possa ser rebaixado para a Série A-2. Seria a desmoralização completa.
Nos últimos anos, virou uma rotina o time santista lutar quase sempre contra o rebaixamento. É isso que mais incomoda o torcedor santista. Não há a menor esperança de brigar por títulos, seja qual for a competição.
E não há sinais de que a situação possa melhorar. Na sexta-feira (10/2), o clube completou a lista de inscritos para o estadual, preenchendo as últimas quatro vagas com Felipe Jonatan, Lucas Lima, Joaquim e Kevyson, lateral da base. É um elenco limitado. A quem entregar a camisa 10?
O que isso significa? Significa que nada vai mudar, como admitiu recentemente o diretor de futebol Paulo Roberto Falcão:
“Vamos trabalhar e tentar qualificar ainda mais o elenco. Estamos buscando isso desde o dia 14 novembro quando comecei a trabalhar, mas as coisas estão difíceis. São valores e jogadores que os clubes não liberam. Nós tentamos mais de 22 jogadores, mas temos as nossas limitações. Ainda assim estamos tentando”, disse.
Parece mesmo o começo do fim.
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