Notícias exclusivas com foco na Polícia Federal, Ministério Público e fiscalização dos Poderes. Com Leticia Pille

Político do Novo é alvo de busca da PF por relação com o PCC

Alvo foi candidato a prefeito em Guarujá e aparece em conversas com integrantes da facção preso por tráfico internacional de drogas

atualizado 12/03/2025 17:47

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PCC indicação voto São Paulo Reprodução

A Polícia Federal cumpriu mandado de busca e apreensão na casa de um político do partido Novo por suposta ligação com integrantes do Primeiro Comando da Capital (PCC).

Um dos alvos da operação Emergentes, autorizada pela Justiça Federal em Santos, é Cláudio Fernando Aguiar, filiado ao Novo e que foi candidato a prefeito no Guarujá na eleição de 2024.

O político também já disputou, em 2018, a eleição para o governo de São Paulo pelo Partido da Mobilização Nacional (PMN) e para deputado estadual, em 2022, pelo Partido Liberal (PL).

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Objetos apreendidos pela PF durante operação em Guarujá
Objetos apreendidos pela PF durante operação em Guarujá
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Objetos apreendidos pela PF durante operação em Guarujá

Reprodução/PF
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Objetos apreendidos pela PF durante operação em Guarujá

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Objetos apreendidos pela PF durante operação em Guarujá

Reprodução/PF

 

Cláudio Fernando foi alvo da operação por causa de sua relação com Bruno Calixta, o Boy, integrante do PCC e principal alvo da investigação ao lado de Gabriel Martinez Souza, o Fant.

Fant foi preso em Portugal por meio de uma cooperação jurídica internacional.

Segundo a PF, Cláudio Fernando mantém vínculo próximo com o integrante do PCC e recebeu apoio político na campanha para a Prefeitura em 2024. Os dois se tratam como irmãos nas conversas encontradas pela PF.

concurso policia federal
Policial Federal durante operação da corporação

Uma das conversas amealhadas na investigação mostra os dois combinando uma entrega de ovos de Páscoa em uma comunidade carente da cidade paulista.

“Possivelmente, em virtude de, à época, ainda não poder realizar ostensivamente campanha eleitoral, Cláudio e Bruno utilizam da Fundação Virgínia Ferraz, em que Cláudio é presidente, para uma ato político velado. Vale lembrar que tal Fundação leva o nome da falecida esposa de Cláudio, a qual foi vítima de um suposto latrocínio no Guarujá/SP no ano de 2020”, diz a PF ao pedir a busca contra o político do Novo.

Ainda segundo a PF, a quebra do sigilo telemático do integrante do PCC mostra que os dois chegaram a viajar juntos para Brasília para visitas a órgãos públicos.

“Todo o vínculo de Cláudio com Boy, este claramente ligado ao tráfico internacional de drogas e suposto integrante da facção criminosa PCC, traz à baila a possível ligação do candidato com a facção, demonstrando a inserção do crime organizado na política e órgãos públicos da baixada santista”, diz a PF.

Para a PF, as conversas indicam que há fortes suspeitas sobre a ligação do candidato e da facção.

“Assim, entende-se que neste momento investigativo, não há outra medida que possa elucidar o verdadeiro vínculo do político com a organização criminosa, que não seja por medida de busca e apreensão domiciliar e demais locais a ele vinculados, a fim de obter elementos que permitam revelar a verdade real”, diz a PF.

Operação Emergentes

A investigação conduzida no âmbito da operação Emergentes, da PF, apura possíveis crimes de organização e associação criminosa para o tráfico internacional de drogas e lavagem de dinheiro.

As informações que desembocaram na Emergentes vieram a partir da análise de materiais apreendidos em outras duas operações, a Sólis e a Morgan. Como o volume de dados era grande e havia muitos investigados, a corporação pediu que a investigação fosse desmembrada.

Foram analisados relatórios de inteligência financeira, dados obtidos por meio da quebra de sigilo telemático e foram realizadas pesquisas em bancos de dados para aprofundar a apuração.

Segundo a PF, foi isso que confirmou “toda a hipótese criminal, demonstrando-se, cabalmente, a existência de um associação, estável e permanente, para o tráfico internacional de drogas e condutas típicas de lavagem de capitais na transação de valores oriundos do tráfico”.

Ainda segundo os agentes, ficou “evidente” que alguns dos investigados integrariam o PCC.

Defesa

Questionado, o Partido Novo disse que a Comissão de Ética Partidária da sigla vai abrir um processo administrativo para apurar os fatos e garantir que todas as medidas necessárias sejam adotadas.

“O Novo repudia veementemente qualquer desvio de conduta, prática irregular ou falta de transparência por parte de seus filiados, reafirmando seu compromisso intransigente com a ética, a integridade e as normas internas de compliance”, afirmou o partido à coluna.

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