A Justiça Federal na Bahia condenou três investigados pela Polícia Federal em uma operação sobre tráfico internacional de armas que prendeu o homem apontado como um dos maiores traficantes de armas da América do Sul.
As armas, segundo a PF, eram adquiridas no leste europeu e Turquia, enviadas para o Paraguai, onde tinham seus números raspados, e depois seguiam ao Brasil, em especial para facções como o Primeiro Comando da Capital (PCC) e Comando Vermelho (CV).
Ricardo Rangel,vulgo Sem Cabelo, Adilson de Souza (Amigo Mina) e Edgar Espíndola (Chiva) foram condenados pelo crime de integrar organização criminosa em um dos processo derivados da operação Dakovo, realizada em dezembro de 2023.
Eles foram apontados como integrantes do grupo de compradores de armas e aparecem em mensagens negociando a compra e entrega de armamento com intermediários de Diego Hernan Dírisio, dono de uma loja de armas no Paraguai.
O empresário foi o alvo principal da operação Dakovo e aparece como dono da International Auto Supply S.A (IAS-PY), sediada em Assunção.
Segundo a decisão, a investigação concluiu que 348 das 600 armas apreendidas no Brasil entre outubro de 2019 e março de 2023 “são de marcas comercializadas pela empresa paraguaia IAS”.
Os três condenados, segundo a decisão da Justiça, “faziam parte de prática delituosa que envolvia a importação, adulteração e transporte clandestino das armas para o Brasil, e que, por isso, envolviam também um número grande de pessoas: importadores, intermediadores, transportadores, o que revela o dolo dos acusados”.
