Notícias exclusivas com foco na Polícia Federal, Ministério Público e fiscalização dos Poderes. Com Leticia Pille

Esposa e irmão de Marconi Perillo receberam de investigado, diz PF

Presidente nacional do PSDB foi alvo de busca e apreensão por suspeita de desvios em contratos da área de Saúde

atualizado 10/02/2025 18:48

Compartilhar notícia
Marconi Perillo, ex-governador de Goiás Vinícius Schmidt/Metrópoles

A operação Panaceia, que mira Marconi Perillo, encontrou transações entre um advogado investigado e a esposa e o irmão do presidente nacional do PSDB.

A investigação mira desvios de recursos públicos da área da saúde durante a gestão de Perillo no governo de Goiás, entre 2012 e 2018.

Os desvios, segundo a PF, teriam origem na terceirização da Saúde no Estado e na contratação da Organização Social Instituto Gerir.

A investigação mostrou, segundo decisão a qual a coluna teve acesso, que o advogado João Paulo Brzezinski atuava para a Gerir enquanto também era advogado pessoal de Perillo.

Um dos elementos citados pela PF para pedir a busca é um repasse do escritório de Brzezinski para Antônio Pires Perillo, irmão do ex-governador de Goiás.

Segundo a PF, “logo após o recebimento da primeira parcela como pagamento pela Gerir, no valor de R$ 50.000,00, em 22/06/2012, a Brzezinski Associados transferiu R$ 35.000,00 para o irmão de Marconi Perillo, Antônio Pires Perillo, equivalente a 50% do valor irregularmente contratado com a Gerir”.

As informações coletadas pelos investigadores ainda mostram um repasse de R$ 100 mil para Valeria Jaime Perillo, esposa do ex-governador.

Segundo a decisão que embasou a busca contra Perillo, as irregularidades relacionadas ao escritório de Brzezinski “referem-se a contratação direcionada e para a prestação de serviços legalmente vedados, pagamentos sem lastro contratual, contratação simultânea de escritórios e advogados para a prestação do mesmo serviço, pagamentos em valores diversos do contratado”.

Além disso, diz a decisão, não foi possível comprovar a prestação de serviço tampouco a existência de “estrutura para a prestação do serviço contratado e sub execução dos contratos”.

“Inegavelmente, a contratação de João Paulo Brzezinski pelo Instituto Gerir, e a notória proximidade entre este advogado e Marconi Perillo, acabaram por reforçar os indícios levantados em relação ao ex-Governador na presente investigação”, diz a decisão.

A PF levantou suspeita sobre os serviços advocatícios, desde a contratação direcionada, a efetiva prestação destes serviços, a existência de valores superfaturados, sobreposição contratual, pagamentos sem lastro contratual, sub-execução dos contratos, entre outros”, diz a decisão.

A investigação apontou também que empresas vinculadas ao advogado Brzezinski possuem o mesmo número de telefone de empresas de consultoria, gestão de ativos e holdings pertencentes a ex-agentes políticos, que conduziram o processo de terceirização da saúde no Estado de Goiás.

Um desses agentes, cita a decisão, seria Marconi Perillo.

DEFESA

Em nota, Perillo afirma que a operação é “mais uma tentativa de constrangimento ilegal”.

“A absurda medida constrangedora sem contemporaneidade com os fatos investigados (2011 a 2018), evidencia o palco político”, diz a nota enviada pelo ex-governador.

“Apesar da autoridade Judiciária ter dito em várias oportunidades que o ex-governador deveria explicar os fatos, não lhe foi oportunizado isso, submetendo-o à medida realizada nesta data, mesmo sem qualquer contemporaneidade”, diz a nota.

“O ex-governador, como sempre o fez, tem absoluta tranquilidade com a narrativa falsa que o impôs esse constrangimento”, diz a nota.

A nota diz ainda que os valores repassados para sua esposa têm origem em empréstimo posteriormente quitado com o advogado em três parcelas.

Sobre o repasse ao irmão de Perillo, a nota do escritório de advocacia de João Paulo Brzezinski diz que o “depósito realizado decorre de um processo judicial patrocinado pelo escritório em 2012, ou seja, antes mesmo da assinatura do contrato investigado”.

Sobre o repasse para a esposa, o advocgado afirma que se trata de um empréstimo realizado em 2018, quando o governador teve as contas e bens bloqueados.

“O valor foi integralmente pago, conforme demonstram os depósitos feitos por Valéria na conta do advogado e o contrato de mútuo assinado e com firma reconhecida na época dos fatos”, diz a nota.

“Portanto, não há qualquer irregularidade nesses pagamentos, que possuem explicação documental e fundamentada.”

Compartilhar notícia
Tá bombando
Últimas notícias
  • Teste editor

    Teste editor Receba notícias de Saúde e Ciência no seu WhatsApp e fique por dentro de tudo! Basta acessar o canal de notícias do Metrópoles no WhatsApp. Para ficar por dentro de tudo sobre ciência e nutrição, veja todas as reportagens de Saúde.

  • Teste de post1

    Teste de post1 Receba notícias de Saúde e Ciência no seu WhatsApp e fique por dentro de tudo! Basta acessar o canal de notícias do Metrópoles no WhatsApp. Para ficar por dentro de tudo sobre ciência e nutrição, veja todas as reportagens de Saúde.

  • three old ordered tests

    Fique por dentro! Receba notícias de Entretenimento/Celebridades no seu WhatsApp e fique por dentro de tudo! Basta acessar o canal de notícias do Metrópoles no WhatsApp. Para ficar por dentro de tudo sobre o universo dos famosos e do entretenimento siga o perfil Metrópoles Fun no Instagram.

Compartilhar