Notícias exclusivas com foco na Polícia Federal, Ministério Público e fiscalização dos Poderes. Com Leticia Pille

Militar citou “guru” bolsonarista para instigar ida ao Congresso; ouça

Em áudio, tenente sugeriu ouvir guru bolsonarista para que manifestantes deixassem QG do Exército e fossem ao Congresso

atualizado 25/02/2025 14:07

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Olavo de Carvalho Terrance McCoy/The Washington Post via Getty Images

Um áudio obtido pela Polícia Federal (PF) durante a apuração de uma suposta trama golpista em 2022 mostra o tenente-coronel Guilherme Marques de Almeida criticando Olavo de Carvalho, falecido “guru” do bolsonarismo e admirado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Em mensagem enviada a uma interlocutora chamada “Renata”, o militar diz que Carvalho “fala um monte de besteira” e que não gosta muito do escritor. Ao mesmo tempo, sugeriu ver um vídeo de Olavo como forma de incentivar a saída de manifestantes do Quartel-General (QG) do Exército e a ida deles para o Congresso.

Na mensagem, o tenente-coronel afirma que Renata deveria “investir um tempo” para assistir a um vídeo de Carvalho, porque, apesar de não concordar com tudo o que Olavo de Carvalho diz, ele estaria descrevendo uma “manobra” que poderia ser realizada. Ele afirma que está tentando plantar o vídeo nas redes onde estariam os manifestantes.

No entanto, ele faz um alerta: “É lógico que ele fala um monte de besteira, né? Como sempre, né? Ele é radical direita, né? Eu não gosto muito dele, principalmente quando ele fala mal dos militares. Mas, fora o que ele vai falar mal dos militares, ele vai descrever aí uma manobra a ser realizada”, afirma.

Ideológico da direita, Olavo de Carvalho protagonizou alguns momentos marcantes durante a gestão de Bolsonaro no governo federal, principalmente durante a pandemia de Covid-19, doença que descreditava. Morreu em janeiro de 2022, aos 74 anos.

Depois da citação a Olavo de Carvalho, o tenente-coronel seguiu falando com sua interlocutora a respeito da referida tática. O áudio foi enviado em 6 de novembro de 2022.

Segundo Marques de Almeida, ele estaria participando de diversos grupos de civis e falando aos integrantes que não adiantaria, para fins de mobilização das Forças Armadas, manter a manifestação em frente ao QG do Exército, em Brasília.

Para ele, o ideal seria que os manifestantes se dirigissem ao Congresso Nacional, para pressionar os parlamentares.

“Tem que ir para o Congresso. O Executivo é envolvido, o Judiciário não vai fazer nada. Então só sobrou o Legislativo. E as Forças Armadas vão agir por iniciativa de algum poder”, afirma. ” A gente tem que ter um outro mecanismo de pressão, um mecanismo de pressão econômico, que é a greve, a paralisação, que já está anunciada.”

Na época, o tenente-coronel estava lotado no Comando de Operações Terrestres do Exército (Coter). Ele foi citado no relatório da PF acerca do caso por ter, segundo os agentes, utilizado sua “expertise em ‘operações psicológicas’ para disseminar conteúdo falso sobre o sistema eleitoral brasileiro”, “ação necessária para dar suporte ao golpe de Estado em andamento.”

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