Fred Nicácio voltou a falar sobre o racismo religioso sofrido por ele durante o confinamento do BBB 23, na ocasião, cometido por Gustavo Benedeti, Key Alves e Cristian. Em uma entrevista para o ECOA UOL, o médico relembrou a situação onde precisou ficar confinado com os três na repescagem do programa. O ex-brother ainda comparou as medidas tomadas pelo reality show nos casos dele e de Dania Mendez, que foi importunada sexualmente por MC Guimê e Antônio Cara de Sapato, expulsos da competição.
“Acredito que não enxergar o tamanho da dor de um ato racista é algo estrutural. As pessoas não vão lidar com um ato de racismo religioso de maneira tão séria como lidam com ato de importunação sexual“, disse ele.
Fred continuou: “Quando eu fui para casa do reencontro com os outros nove participantes, ninguém ali fazia ideia de como seria aquela dinâmica, nós tínhamos direito de desistir logo no primeiro dia e isso nos foi dado, só que eu acho que é muito improvável que alguém colocasse, por exemplo, a Dania para conviver com os dois importunadores sexuais dela por 48 horas, mas se coloca uma vítima de racismo religioso para conviver com seus três agressores”.
O médico definiu a situação: “Aí você consegue perceber que existe essa diferença na hora de catalogar o nível de dor”, pontuou.
Ainda na entrevista, Fred Nicácio falou sobre o processo que moveu contra Key, Gustavo e Cristian. “Eu não posso dar muitos detalhes sobre o que está acontecendo na Justiça, mas decidi tomar essa atitude porque essas pessoas precisam prestar contas para a sociedade do que fizeram. A branquitude tem a certeza de que isso não vai dar nada, então, se eu deixo isso passar, eu reforço essa ideia”.
