A coluna Fábia Oliveira descobriu que MC Gui realmente não tem sorte quando o assunto é o Poder Judiciário. Em mais um processo movido contra o cantor, um novo pedido de citação pode mudar o rumo da história, que já se arrasta há dois anos.
Calma, que nós vamos explicar! O caso se trata de uma “ação de indenização por danos materiais e morais”, movida por duas pessoas que já conheciam MC Gui e sua arte. O funkeiro foi processado junto de outro cantor: MC Davi.
Segundo os autos, os dois fariam a divulgação da “JP Imports”, uma loja virtual de “produtos importados”. Na ação, é dito que, além de cantores, os réus também eram influenciadores digitais, o que pesou para que que os autores acabassem decidindo se envolver com a JP.
Gui e Davi ainda demonstrariam ter uma relação, segundo os autos, de caráter pessoal com os proprietários da empresa, o que dava uma impressão de maior confiabilidade para a mesma e induzia a compra dos produtos considerados de alto nível. Basta pensar que dois nomes de peso fortaleciam a imagem da marca, dando mais confiança para que o público acabasse fechando os negócios com a mesma.
Acontece que, no final, segundo os dois autores do processo, tudo não passou de uma publicidade fraudulenta, que acabou em um boletim de ocorrência contra a loja e seus proprietários. O valor do prejuízo? R$ 50 mil. No final das contas, acabou sobrando para MC Gui e MC Davi.
O curioso é que, em dois anos, MC Gui nunca foi efetivamente encontrado para ser citado e responder ao processo.
Fato é que os autores da ação batem na tecla de que os cantores têm uma responsabilidade desde o princípio, momento em que fizeram anúncios e parcerias com a marca, usando seu nome, e atraindo terceiros para uma trama que terminaria em tragédia.
Em danos materiais foram pedidos R$ 51.110 e em danos morais R$ 20 mil.
MC Davi já se apresentou no processo e até mesmo ofereceu sua defesa. Já a história de Gui é outra, mas logo mais ela pode mudar. Isso porque foram feitas duas tentativas de citação por correio ao cantor, só que uma retornou com “não procurado” e a outra como “mudou-se”.
Contudo, foram dados à Justiça endereços de empresas para localizar Gui, e em buscas extrajudiciais foi notado que representantes eram facilmente encontrados. Ou seja, chegar até o MC pode não ser, de fato, tão difícil quanto parece ou quanto se quer fazer parecer.
Por isso, em fevereiro desse ano, os autores pediram a renovação da citação de Guilherme Kauê, o MC Gui, para que, finalmente, ele encare seus compromissos com a Justiça.
Às celebridades de plantão, resta um recado amigo desta coluna: chequem bem as empresas cujos produtos e serviços decidem por divulgar. Porque, ao final, isso pode custar muito caro. Talvez, mais caro que o cachê recebido para própria divulgação.
À MC Gui, só resta seguir os versos de sua música e esperar que o oficial não o encontre: “sonhar, nunca desistir, ter fé, pois fácil não é, nem vai ser”.
