Rudney Gomes, citado no processo que levou à condenação do ex-jogador Robinho por estupro coletivo na Itália, foi encontrado morto na noite de terça-feira (18), em Santos, no litoral de São Paulo. A Polícia Civil registrou o caso como suicídio.
O corpo de Rudney foi localizado na área comum de um prédio na Avenida Ana Costa, no bairro Gonzaga. Equipes de resgate foram acionadas, mas a morte foi constatada no local. Segundo as autoridades, ele teria caído do 11º andar do edifício.
Envolvido no caso de estupro
Rudney foi um dos nomes mencionados no julgamento que resultou na pena de nove anos de prisão para Robinho e seu amigo Ricardo Falco. No entanto, ele não chegou a ser condenado, pois, assim como outros três envolvidos, não compareceu à audiência preliminar na Itália em 2016.
Com isso, o tribunal decidiu desmembrar os processos, e apenas o do ex-jogador e de Falco seguiu adiante, sendo julgado até a última instância.
Robinho, atualmente com 41 anos, cumpre pena na Penitenciária 2 de Tremembé, em São Paulo, desde março de 2024.
Sua condenação foi confirmada pela justiça italiana em 2022, e posteriormente homologada pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) do Brasil em 2024, permitindo a execução da pena em território nacional.
Relembre o caso
Em 2013, durante sua passagem pelo Milan, o ex-jogador brasileiro Robinho foi acusado de participar de um estupro coletivo contra uma jovem albanesa em uma boate em Milão. A vítima, de 22 anos na época, estava inconsciente devido ao consumo excessivo de álcool, e Robinho, junto com outros cinco homens, teria se aproveitado dessa condição para cometer o ato.
Em 2017, a justiça italiana condenou Robinho, à revelia, a nove anos de prisão pelo crime de violência sexual em grupo. A sentença foi confirmada em todas as instâncias judiciais italianas, culminando na decisão final da Corte de Cassação de Roma em janeiro de 2022.
Devido à proibição constitucional de extradição de cidadãos brasileiros, Robinho não pôde ser extraditado para a Itália. No entanto, em 20 de março de 2024, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) do Brasil homologou a sentença italiana, permitindo que a pena fosse cumprida em território brasileiro.
No dia seguinte, Robinho foi preso em Santos e transferido para a Penitenciária Doutor José Augusto César Salgado, em Tremembé, São Paulo, onde começou a cumprir sua pena de nove anos de reclusão.
