A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) abriu caminho para a transferência da Amazonas Energia para a Âmbar, O acordo pode evitar o desembolso de R$ 20 bilhões de recursos públicos, que seria o custo da intervenção para salvar a distribuidora, que acumala prejuízo anual superior a R$ 700 milhões — e dívida estimada em R$ 11 bilhões.
Com a decisão desta sexta-feira (7/2), a Aneel dá aval para uma conciliação em busca de solução para a situação caótica no serviço de distribuição de energia no Amazonas. A região representa a maior área de concessão de distribuição de energia do país e apresenta os maiores índices de furto de energia e inadimplência.
A outra opção para a Aneel seria uma possível intervenção estatal, mas os cálculos da agência indicavam que o custo dessa medida seria de R$ 20 bilhões.
No fim de janeiro, a Justiça Federal do Amazonas manteve a prorrogação por mais 60 dias do prazo para a transferência de controle da distribuidora. A decisão também determinou que a Aneel siga repassando recursos à concessionária, fundamentais para evitar a interrupção dos serviços por falta de pagamento a fornecedores enquanto a transferência de controle não se concretizar.
A Âmbar já havia apresentado uma proposta para a Aneel que prevê a implementação de flexibilizações financeiras no valor de R$ 14 bilhões ao longo de 15 anos, o que equivale ao montante anual já destinado à Amazonas Energia atualmente.
