Um mês depois da rainha Elizabeth retirar os títulos e patrocínios reais do príncipe Andrew por conta da ação judicial movida por Virginia Giuffre nos Estados Unidos, o filho da monarca e a vítima resolveram colocar um ponto-final no processo em um acordo extrajudicial. A decisão de ambas as partes protagoniza as manchetes nesta terça-feira (15/2).
Vítima do esquema de exploração sexual de Jeffrey Epstein e Ghislaine Maxwell, Virginia decidiu processar o duque de York em agosto do ano passado. Em entrevistas, ela afirmou que o filho da rainha chegou a abusá-la sexualmente por três vezes. À época, com 17 anos.
Enviada ao tribunal distrital dos Estados Unidos, uma carta traz que Andrew e Virginia fizeram um contrato extrajudicial. Os representantes do duque de York disseram que ele não tem comentários além da declaração remetida ao tribunal. A mensagem foi enviada diretamente ao juiz norte-americano Lewis Kaplan, responsável pelo caso.
Na carta enviada, consta a mensagem que Andrew “nunca teve a intenção de difamar o caráter de Giuffre” e reconheceu que ela “sofreu tanto como vítima estabelecida de abuso quanto como resultado de ataques públicos injustos”. O duque de York fará uma doação substancial para a instituição de caridade de Virginia Giuffre.
Na carta, Andrew elogiou a “bravura de Giuffre e outros sobreviventes [do esquema de exploração sexual de Epstein] em defender a si mesmos e aos outros”. Na declaração, o príncipe se arrependeu de ter se associado ao falecido magnata acusado de pedofilia.
De acordo com a BBC, os dois selaram um acordo milionário. Especula-se de que o contrato atingiu a cifra de 14 milhões de libras, o equivalente a R$ 98,25 milhões. Questionado sobre o novo capítulo do caso, o advogado de Virginia Giuffre disse “este evento fala por si só”. Responsável por defender a vítima, David Boies concedeu entrevista à agência de notícias PA News.
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