Não é segredo que o príncipe Andrew está em apuros faz tempo, mas recentemente o cerco tem se fechado em torno do filho da rainha Elizabeth. Vítima de um esquema de exploração, Virginia Giuffre processa o duque de York por abuso sexual na Justiça norte-americana. Na avaliação da imprensa britânica, o integrante da dinastia Windsor tenta uma missão impossível: ser inocentado e não prejudicar a reputação da monarquia.
Giuffre integra o grupo de mulheres aliciadas, traficadas e exploradas pelos pedófilos Jeffrey Epstein e Ghislaine Maxwell, que foi condenada pelos tribunais norte-americanos nessa quarta-feira (29/12). Vítima da organização criminosa, Giuffre foi forçada a fazer relações sexuais com o príncipe Andrew à época em que tinha 17 anos. Ela processa o filho da rainha por abuso sexual. A ação segue em um tribunal de Nova York.
Andrew nega veemente as acusações de Virginia Giuffre. Inclusive, em 2019, o duque de York deixou a vida pública por conta do episódio. Fontes revelaram ao comentarista real Richard Palmer, do jornal Express, que o maior desejo do príncipe é proteger a rainha e a Coroa britânica. Segundo os informantes, o duque de York opta por resguardar a mãe e a monarquia em vez de “salvar a própria pele”.
Conforme escreveu Palmer em um artigo do Express, o príncipe tem desenvolvido estratégias para evitar o máximo de danos à própria reputação e à Coroa: “Muitos membros da realeza acreditam que a única esperança de Andrew de convencer o público britânico de sua inocência e recuperar o papel real sênior é ir ao tribunal e refutar as acusações de Virginia Giuffre, que afirma ter sido forçada por Jeffrey Epstein e Ghislaine Maxwell para dormir com Andrew três vezes quando ela tinha apenas 17 anos”.
Advogado do príncipe, Andrew B Brettler solicitou que o caso civil tramitado em Nova York fosse interrompido. Ele alega que Virginia Giuffre não mora mais no estado norte-americano do Colorado, mas sim na Austrália, país onde deveria correr a ação judicial. A equipe de defesa do filho da rainha também pediu que os depoimentos das testemunhas permanecessem em sigilo. Os profissionais de acusação reclamaram a respeito do pedido.
“Tal pedido ou oferta para manter as informações confidenciais certamente não é sem precedentes, ao invés disso, seria considerada prática padrão em qualquer caso de alto perfil. No entanto, parece que a senhora Giuffre e seus advogados querem julgar o caso na mídia em vez de um tribunal”, destacou uma fonte próxima a Andrew em conversa com o comentarista real Richard Palmer.
Especialistas jurídicos entrevistados pelo Express duvidam que o príncipe Andrew vencerá as tentativas de encerrar o processo ou de manter as declarações das testemunhas em sigilo. “Se o julgamento for levado adiante, é provável que Andrew seja testado com base nas provas que apresentar”, ressaltou Palmer no artigo do Express. Segundo o comentarista real, a condenação de Ghislaine Maxwell pressiona o filho de Elizabeth II.
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