Game of Thrones, um dos maiores hits da HBO, saiu da noite dessa segunda-feira (17/9) com o principal troféu do Emmy Awards nas mãos: melhor série dramática. Indiscutivelmente, a produção de David Benioff e D.B. Weiss há sete anos entrega um bom produto, porém, a condecoração da academia veio pela pior temporada da atração.
Entenda: o sarrafo de Game of Thrones é alto. As seis temporadas anteriores entregaram roteiro coerente, reviravoltas, intrigas políticas, polêmicas e um belíssimo visual.
Pouca dessas qualidades ficaram evidentes na sétima temporada da atração. O roteiro parece ter se apressado para finalizar o embate entre Starks, Lannisters, Targaryens e Zumbis. O enredo do casal Jon Snow (Kit Harington) e Daenerys (Emilia Clarke), por exemplo, parece um excelente caso de fan service – aquela tentativa dos produtores em agradar os viciados em criar teorias na internet.
A injustiça – sim, eu sei que é complicado falar disso em premiações – fica maior por conta da concorrência. The Handsmaid’s Tale entregou um produto, certamente, mais instigador e inovador que GoT.
Westworld, por exemplo, leva os níveis da fantasia e da política a patamares mais elevados do que a sétima (e apenas razoável) temporada das tramas dos Sete Reinos. O que falar, então, da reconstituição histórica de The Crown?
O valor de GoT é indiscutível. Porém, a sétima temporada anuncia um desgaste na trama. Mesmo assim, em mais um capítulo de tentar atrair popularidade, a academia condecorou a temporada. Que pena! Torço para os produtores tentarem retomar o bom caminho em 2019.
