Com Rebeca Oliveira, Júlia Marques, Pedro Ângelo, Igor Teixeira e Hebert Madeira

Fique por dentro dos destaques da primavera/verão 2020 em Paris

Celine, Off-White, Chloé e Maison Margiela estão entre as grifes que deram o que falar na temporada

atualizado 29/09/2019 8:44

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Richard Bord/Getty Images

Mais um Paris Fashion Week se aproxima do fim. O evento, que segue até esta terça-feira (1/10/2019), incluiu apresentações memoráveis, como Balmain, Saint Laurent e Dior, que já deixaram suas marcas na capital francesa. Entre os destaques da primavera/verão 2020, também estão os shows das grifes Celine, Off-White, Chloé e Maison Margiela. As coleções contemplam contrastes interessantes de alfaiataria casual, simplicidade valorosa, hippie chique, e até uma pegada “street cósmica”.

Vem comigo!


Off-White

Já é fato que Virgil Abloh garantiu um espaço significativo para o streetwear no mercado de luxo. Atualmente, o designer norte-americano está afastado do trabalho, por recomendações médicas. Apesar de não ter comparecido à semana de moda francesa, ele preparou um show marcante para a primavera/verão 2020 da Off-White, no Centro Pompidou.

A inspiração principal de Abloh veio do título do programa Chuva de Meteoros. A trilha sonora foi uma entrevista de 2018 com Mae Jemison, a primeira mulher negra que viajou ao espaço.

Ela se formou em engenharia química na Universidade Stanford e, depois, em medicina na Universidade Cornell. Entrou para a NASA em 1987. Após cinco anos, realizou o sonho de fazer parte da tripulação de um ônibus espacial — o Endeavour, que orbitou a Terra em 1992.

“O conceito fundamental foi ilustrar o poder de uma mulher”, destacou Abloh, em comunicado oficial. “Ela pode suportar uma ‘chuva de meteoros’, metafórica e fisicamente falando”, complementou o estilista.

O resultado foi um mix de peças que unem o universo cósmico com o mood urbano da marca. Furos nas roupas e nos sapatos representaram as crateras espaciais.

A silhueta dos anos 1990 ganhou força nas criações. Jaquetas retrô e futuristas tiveram destaque, assim como o sportwear e a elegância. Além disso, a cor principal foi o rosa.

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O rosa se destacou nas criações de Abloh para o spring/summer 2020

 

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Pegada futurista no sobretudo

 

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Jaqueta no estilo dos anos 1990 no look sexy e cool

 

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Furos representaram crateras espaciais

 

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Black and white: simples e chique ao mesmo tempo

 

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Modelagem ampla e textura descontraída

 

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Os bolsos fazem diferença no visual

 

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O estilista também apostou em bolsas nada convencionais

 

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O boné incrementa a combinação

 

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Pegada sporty no vestido com saia mullet volumosa

 

Celine

A primavera/verão 2020 da Celine é boho chique. O estilo mistura peças boêmias com um toque folk.

Conhecido por uma estética criativa clássica, Hedi Slimane se inspirou nos anos 1970. O estilista não deixou o preto e o dourado de lado, mas, sem dúvida, o protagonismo da coleção ficou com casualidade do jeans.

Calças com corte reto e modelagens boca de sino entraram em looks variados. Entre eles, all-jeans, básico com camiseta lisa de algodão ou mais sofisticado com blusas de tecidos rebuscados.

Vestidos com estampas delicadas e botas de cano alto também fizeram composições interessantes. Destaque para os acessórios: chapéus e lenços roubaram a cena. Nos detalhes, cintos finos, itens hippies, babados, texturas felpudas e rendas.

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O jeans apareceu em vários outfits da primavera/verão 2020 da Celine

 

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A pegada boho chique invadiu a passarela da grife francesa

 

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Vestidos com botas de cano alto

 

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Saia jeans rodada é uma proposta ousada para a marca

 

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Casaco com volume para complementar o look básico

 

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Os chapéus deixaram as produções mais charmosas

 

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Leve transparência com renda

 

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Apesar de mais descolada, a coleção manteve a elegância da Celine

 

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O cinto preto harmoniza com o metalizado

 

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A cintura alta esteve em várias peças

 

Chloé

Assim como a Prada em Milão, a Chloé decidiu levar a Paris uma coleção com foco na simplicidade: “honesta e verdadeira”, nas palavras da designer Natacha Ramsay-Levi. O show aconteceu no Grand Palais.

A ideia não é apresentar peças extremamente comuns ou pouco trabalhadas, mas sim, roupas atemporais, que tenham significado de fácil entendimento. A estilista se inspirou em referências no DNA da marca ao longo dos anos e também nas próprias criações.

“Foi uma afirmação sincera de que o que estou fazendo é construir um guarda-roupa que não é descartável. Não estamos fazendo roupas que esperamos que você jogue fora”, destacou Ramsay-Levi à imprensa internacional.

As tradicionais camisas de seda da marca apareceram com modelagens variadas: clássicas, largas, com gola alta e até com saia acoplada. A alfaiataria ganhou um toque casual, com destaque para os blazers sem lapela.

Na cartela de cores, a Chloé mesclou tons de rosa, salmão e bege ao preto, branco e azul. Os visuais incluíram cintura alta, decotes cavados, fluidez e sobreposições.

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Os blazers sem lapela garantem uma produção mais desprendida do tradicional

 

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Gola alta com colar é uma aposta charmosa

 

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Sobreposição simples e sofisticada ao mesmo tempo

 

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Natacha Ramsay-Levi buscou um equilíbrio interessante entre a alfaiataria e a casualidade

 

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Mix de sensualidade e fluidez

 

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Top + jaqueta cropped: cool e moderno

 

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Composição interessante com tons próximos

 

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O caimento elegante do vestido contrasta com a bota mais pesada

 

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A passarela da Chloé misturou delicadeza e liberdade

 

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A assimetria da saia caiu bem com a camisa rebuscada

 

 

Maison Margiela

As apresentações da Maison Margiela sempre chamam atenção por terem uma vibe performática e disruptiva. O DNA artístico de John Galliano é inovador e até beira a bizarrice. Nesta temporada de primavera/verão 2020, o estilista britânico mergulhou na história global.

Apesar de ter optado por uma estética mais “contida”, ele investiu em criações impactantes e cheias de informação, como de costume. A inspiração veio de figuras que lutaram por liberdade e salvaram vidas durante as guerras mundiais, como a cientista Marie Curie e a enfermeira Edith Cavell.

As roupas tiveram como referências os uniformes usados nos períodos de conflito. Para isso, a Margiela manteve a riqueza de detalhes de corte e técnica, mesmo com a estética considerada excêntrica.

Com uma paleta de cores majoritariamente sóbria, que passeou por tons de preto, cinza, bege e branco, ele investiu em texturas rígidas e formas desconstruídas. Entre os materiais usados, estão organza, lona e lã, além de couro fake de cobra e crocodilo.

Nos casacos e jaquetas, Galliano apostou em uma pegada utilitária. Chapéus, golas altas, lenços e rendas deram o toque final.

O desfile aconteceu no Salon d’Honneur, no icônico Grand Palais. Para complementar a performance, propositalmente, os modelos entraram na passarela com expressões sérias e provocativas ao mesmo tempo.

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As coleções desenvolvidas por John Galliano sempre são impactantes

 

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O spring/summer 2020 da Maison Margiela foi inspirado no impacto histórico das guerras mundiais

 

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Aqui, o cinto harmoniza com os tons do blazer ovesized

 

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Pegada utilitária e verde militar na passarela da Maison Margiela

 

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Capa acoplada ao visual

 

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Trech coat usado como capa

 

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Peças com furos propositais

 

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Os acessórios fizeram toda a diferença no conceito das composições

 

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As botas de cano superalto foram destaque nos looks apresentados

 

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A alfaiataria ganhou um toque de transparência

 

 


O calendário da Semana de Moda de Paris ainda promete. Nos próximos dias, serão realizados os desfiles de marcas como Stella McCartney, Giambattista Valli, Alexander McQueen, Chanel e Miu Miu. O encerramento será feito pela Louis Vuitton.

 

Colaborou Rebeca Ligabue

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