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Ibaneis: “Preciso que o governador de GO cuide da nossa população. Senão, fecharemos a divisa”

O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, disse que moradores do Entorno ocupam 25% dos leitos de UTI da capital do país

atualizado 23/02/2021 20:28

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Governador do DF, Ibaneis Rocha JP Rodrigues/Metrópoles

Diante do recrudescimento da pandemia de Covid-19 e da progressiva necessidade de leitos dos sistemas público e privado de saúde, o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), fez um apelo para que o governador Ronaldo Caiado (DEM) assuma o tratamento de pacientes do estado de Goiás. Nesta terça-feira (23/2), Ibaneis revelou à coluna Grande Angular que 25% das internações em unidades de terapia intensiva (UTIs) do DF são de pacientes do Entorno, especialmente provenientes de cidades goianas.

A região vizinha à capital federal está em situação de calamidade, em função do avanço da pandemia. Recentemente, 89 cidades do estado entraram para a lista dos municípios onde a crise sanitária está agravada. Sem acesso à rede pública de saúde em Goiás, muitos desses doentes acabam recorrendo a hospitais do Distrito Federal.

“O Governo de Goiás está negligenciando seus pacientes. Sem leitos e hospitais, transfere a obrigação de cuidar de sua população a nós, do DF. Não me furto a essa missão, mas está chegando a um ponto em que a gente precisa chamar a atenção do governador”, afirmou o chefe do Executivo distrital à coluna.

Segundo Ibaneis, Caiado precisa reabrir leitos de UTI e criar um novo hospital de campanha para tratamento de pacientes com Covid-19: “A crise está tão dramática quanto no ano passado e é necessário agir”. “Preciso que o governador de Goiás cuide da nossa população. Senão, fecharemos a divisa”, pontuou.

Dos 290.771 casos da Covid-19 confirmados no DF até a última segunda-feira (22/2), 18.317 (6,3%) eram referentes a pacientes que moram em Goiás. Os residentes do estado vizinho correspondem a 368 (2%) dos óbitos ocorridos na capital federal em decorrência da doença.

Variantes

O Ministério da Saúde confirmou que foram detectados em Goiás dois casos da variante do novo coronavírus do Reino Unido, e 15 casos da variante brasileira, identificada inicialmente no Amazonas. Os dados foram divulgados nesta terça-feira.

Há suspeita de que 14 moradores do Entorno do DF tenham se infectado com a variante britânica. Exames feitos no Instituto Adolf Lutz poderão comprovar a contaminação ou descartá-la.

Essas variantes são preocupantes porque as mutações podem causar aumento da transmissibilidade e agravar a situação epidemiológica nas áreas onde foram identificadas.

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Governador de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM)
Na primeira semana do mapa, em fevereiro deste ano, seis regiões estavam em nível de calamidade e correspondiam a 89 cidades goianas
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Carro de som divulga mensagem para prevenção da Covid-19 em Luziânia (GO), no Entorno do DF

Reprodução/Instagram/Prefeitura de Luziânia
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Governador de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM)

Igo Estrela/Metrópoles
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Na primeira semana do mapa, em fevereiro deste ano, seis regiões estavam em nível de calamidade e correspondiam a 89 cidades goianas

SES-GO
Reação

Uma hora após Ibaneis cobrar providências do governador de Goiás, Caiado emitiu uma nota à imprensa na qual faz críticas ao colega.

“Diante de um momento tão delicado vivido por todos nós, onde a maioria dos governadores se dão as mãos para ajudar os que mais necessitam, causa repúdio e nojo ler uma declaração estapafúrdia do governador do DF, Ibaneis Rocha, de que vai fechar as fronteiras do DF com Goiás. Evidencia a sua falta de empatia e respeito pela vida”, disse Caiado.

O governador de Goiás assinalou que nunca fez as contas de quantas pessoas já atendeu, tampouco o local de origem. “Cedi medicamentos ao Amapá, recebi pacientes manauaras, atendi pacientes do DF nos hospitais de campanha que montamos em Luziânia e em Formosa com o mesmo respeito que temos pelas vidas dos goianos”, frisou.

Caiado destacou que assumiu a chefia do Executivo estadual “com apenas três cidades com leitos de UTI públicos: Goiânia, Anápolis, e Aparecida”. “Mas criei novos leitos em 12 macrorregiões, entre elas Luziânia e Formosa”, afirmou.

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