Entenda por que o efeito estufa é importante e como ele funciona

O efeito estufa é essencial para a manutenção da vida na Terra, mas quando acontece um desequilíbrio, ele pode ameaçar a nossa sobrevivência

atualizado 28/03/2025 17:50

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Conceito de aquecimento global, mudanças climáticas, efeito estufa. Metrópoles Getty Images

Você provavelmente já ouviu falar do efeito estufa, fenômeno que mantém a Terra aquecida e permite a vida no planeta. Mas você sabe como ele funciona e por que seu desequilíbrio preocupa cientistas?

O efeito estufa é essencial para a manutenção da vida na Terra, pois é o processo natural que mantém a temperatura do planeta em um nível habitável. Ele ocorre quando gases na atmosfera, como dióxido de carbono, metano  e óxido nitroso, absorvem e emitem radiação infravermelha, retendo o calor e impedindo que ele escape para o espaço.

“A radiação solar atinge a superfície terrestre, e uma parte é absorvida por ela e outra pelos oceanos. A superfície aquecida emite radiação infravermelha (calor) de volta para a atmosfera”, explica a meteorologista Andrea Ramos, que atua em Brasília.

Esse processo mantém a temperatura média da Terra em torno de 15 °C, possibilitando a vida. “Se não houvesse o efeito estufa, nosso planeta seria gelado, com temperaturas em média 30 °C abaixo dos atuais 15 °C, ou seja, -15 °C”, destaca o professor e pesquisador sênior da Universidade de Brasília (UnB), Saulo Rodrigues Filho.


Principais gases do efeito estufa

  • O dióxido de carbono (CO2) é responsável por cerca de 65% do efeito estufa, e é liberado principalmente pela queima de combustíveis fósseis, desmatamento e processos industriais.
  • O metano (CH4) contribui com cerca de 20% no efeito estufa. Sua origem está principalmente na agricultura, especialmente na criação de gado, além de processos industriais e queima de combustíveis.
  • Já o óxido nitroso (N2O) é responsável por aproximadamente 5% do efeito estufa, e é emitido pela agricultura, principalmente pela aplicação de fertilizantes, e também por processos industriais.
  • Os fluorados (F-gases) são gases poderosos usados em equipamentos de refrigeração e ar condicionado, responsáveis por cerca de 2% do efeito estufa.
  • Os óxidos de enxofre (SOx), embora não sejam tão predominantes quanto os outros gases, contribuem para a formação de aerossóis, que podem refletir a radiação solar e resfriar o planeta, causando chuvas ácidas e poluindo o ar.

Ação humana contribui para mudanças climáticas

O efeito estufa, porém, tem sido intensificado por atividades humanas, como a queima de combustíveis fósseis, desmatamento e práticas agrícolas, aumentando a concentração de gases na atmosfera. Eles intensificam o aquecimento global e as mudanças climáticas.

O desequilíbrio no ciclo de carbono, causado por emissões superiores à capacidade de captura da fotossíntese, é um dos principais fatores que causam o fenômeno: quando a concentração desses gases cresce, temos o aquecimento global.

Esse desequilíbrio provoca efeitos devastadores. O aumento das temperaturas médias tem intensificado eventos climáticos extremos, como ondas de calor, tempestades, inundações e secas prolongadas. “Esses fenômenos ameaçam a saúde humana e comprometem infraestruturas, produtividade agrícola e setores econômicos”, afirma o especialista.

É possível reverter ou minimizar os impactos?

Embora seja difícil reverter completamente os danos já causados pela humanidade, há várias formas de minimizar os impactos e até de tentar consertar parte dos problemas.

De acordo com Andrea, algumas estratégias incluem a transição para fontes de energia renovável, como solar e eólica, além do aumento da eficiência energética. A remoção de dióxido de carbono da atmosfera também é possível por meio do reflorestamento e da restauração de ecossistemas.

“Tecnologias de captura e armazenamento de carbono, além da estimulação do crescimento de fitoplâncton, podem ajudar a remover o dióxido de carbono da atmosfera”, explica.

No entanto, o processo é complexo e exige um longo período para ver resultados. Para o meteorologista Natálio Abrahão, da Universidade para o Desenvolvimento do Estado e da Região do Pantanal (Uniderp), no Mato Grosso do Sul, é necessário um esforço coordenado para ações mais sustentáveis, como evitar o desmatamento e promover uma agricultura mais equilibrada.

“Embora as soluções existam, o custo é imenso e os efeitos só serão sentidos ao longo de décadas”, diz ele.

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