Swellen Sauer, ex-namorada de Nego do Borel, prestou seu primeiro depoimento no inquérito que investiga as agressões do funkeiro nessa quinta-feira (4/2), na Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (DEAM), no Tanque, Zona Oeste do Rio.
Em entrevista à revista Quem, Swellen contou que tem recebido diversas mensagens de outras mulheres que vivem situações parecidas e ressaltou a importância de falar sobre o caso. “Tenho recebido tantas mensagens de mulheres que é assustador. A gente imagina que a violência doméstica aconteça, mas não tem noção da proporção”, começou.
Ex-assessora de Nego, ela falou que hoje entende o que aconteceu no relacionamento com o cantor, que durou cerca de três anos, entre 2012 e 2015. “Me perguntam muito: ‘você é tão inteligente, como isso aconteceu?’ Quando começo a ler os relatos de vítimas de homens abusadores desabafando na internet, penso: ‘nossa, que situação complexa'”, afirmou.
Swellen contou que tem conversado constantemente com Duda Reis, ex-noiva de Nego que revelou os casos de abuso do funkeiro. “É supercansativo, é uma energia muito ruim. Chega uma hora que não é mais pela gente. Não está sendo fácil, minha filha de três anos ficou com a minha mãe por alguns dias. A carga é bem pesada, mas é o que falo para a Duda: ‘agora vamos até o fim juntas”’, disse.
Para ela, Nego teve o mesmo comportamento com namoradas anteriores e que ele não deve mudar já que não se enxerga como abusador. “A menina que ele namorou antes de mim, Alanis, me mandou mensagem […] Ele terminou com ela para ficar comigo. Quando várias mulheres que namoram o mesmo cara se unem e dizem que ele tinha o mesmo comportamento, temos que prestar atenção. A gente tem que parar esse cara”, ressaltou.
“Para mim, sempre foi muito claro quando vinha a próxima namorada. Quando ele começou a namorar a Duda, um amigo meu contou que tinha encontrado com ele em uma boate e ele estava com uma outra mulher, sendo que ele tinha acabado de assumir a Duda. Ou seja: ele vai continuar traindo, continuar abusando e achando que não é abuso. Ele não se enxerga como abusador, é tão naturalizado para ele o abuso que ele se considera normal”, encerrou a empresária.
