Ainda Estou Aqui se sobressaiu frente a Emilia Pérez, que iniciou a corrida do Oscar com destaque, mas perdeu força após polêmicas. A imprensa internacional destacou a vitória do filme brasileiro como Melhor Filme Internacional sobre a produção francesa, que era indicada a 13 categorias.
O portal especializado Variety colocou como “surpresa” a vitória da obra de Walter Salles, principalmente por conta da soberania de Emilia Pérez nas indicações. “Dadas as 13 indicações que Emilia Pérez teve sobre as três indicações para Ainda Estou Aqui, parecia estatisticamente provável que o primeiro levasse a estatueta de destaque internacional. Mas, para a alegria do Brasil, Ainda Estou Aqui prevaleceu”, declarou.
O The Hollywood Reporter destacou que esse foi o primeiro Oscar do Brasil no evento cinematográfico. “A história de uma família desfeita em meio a uma ditadura. Notavelmente, o filme superou o francês Emilia Pérez, que levou para casa vários Oscars no início da noite”, disse.
O The Guardian afirmou que “é provável” que Ainda Estou Aqui “tenha se beneficiado das dificuldades que afetaram Emilia Pérez. “Este último filme liderou [as indicações], mas a campanha foi abalada depois de terem sido descobertas mensagens preconceituosas no feed das redes sociais de Karla Sofía Gascón, juntamente com reclamações sobre a representação do México e da sua história”, disse.
Já a Vanity Fair, explicou que o filme de Walter Salles teve uma “reviravolta notável” contra Emilia Pérez. “Alguns meses atrás era certo que Emilia Pérez ganharia o prêmio de Melhor Filme Internacional no Oscar 2025. Mas devido a uma reviravolta notável nos acontecimentos desde então, o polêmico rolo compressor da Netflix chegou ao Oscar de domingo como o azarão na categoria – e, na verdade, acabou perdendo para Ainda Estou Aqui, o drama brasileiro dirigido por Walter Salles.”
