A presidente da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados, deputada federal Bia Kicis (PSL-DF), foi bloqueada do YouTube por sete dias após divulgar um vídeo com informações falsas sobre a vacinação infantil.
O vídeo, publicado no canal da deputada, foi excluído pela plataforma por violar as regras sobre a Covid-19.
A publicação excluída é uma transmissão ao vivo postada no dia 6 de janeiro. Na gravação, é defendido que crianças não sejam vacinadas contra o coronavírus.
A live conta com a participação dos deputados Diego Garcia (Podemos-PR) e Chris Tonietto (União Brasil-RJ), da médica bolsonarista Roberta Lacerda, do procurador de Sergipe José Paulo Veloso e de outras pessoas contrarias à vacinação. O vídeo continua disponível no Twitter e no Facebook.
Para tentar contornar a punição imposta pelo YouTube, Bia Kicis pediu que seus seguidores acompanhem sua página reserva na plataforma, que possui quase 3 mil seguidores. Em um dos vídeo já publicados nessa outra conta, Kicis anunciou uma live para a noite do último domingo (27/2), mas logo depois foi avisada pela plataforma que a prática não é permitida.
“Agradeço a todos que se inscreveram no meu canal reserva, mas fui informada pelo YouTube que se eu fizer a live por lá, isso seria considerada (sic) uma burla à minha suspensão e poderei perder em definitivo ambos meus canais”, escreveu a deputada em seu perfil no Telegram.
Se a parlamentar for alvo de um novo alerta por violar regras, ficará bloqueada por 14 dias. Se cometer outra infração em 90 dias, o canal é removido permanentemente.
O bloqueio de Bia Kicis no YouTube ocorre um mês após a deputada ficar temporariamente impedida de fazer transmissões ao vivo no Instagram. Kicis é uma das investigadas no chamado inquérito das fake news.
