O ex-ministro da Educação Abraham Weintraub, que é pré-candidato ao governo de São Paulo pelo Brasil 35, subiu mais alguns tons em suas críticas à aliança do presidente Jair Bolsonaro (PL) com os partidos do Centrão, e disse, nesta quinta-feira (7/4), que as “patas imundas” de políticos desse grupo estão por trás do aparecimento de “um escândalo atrás do outro no MEC”.
O substituto de Weintraub no governo Bolsonaro, Milton Ribeiro, caiu no fim de março no rastro de denúncias de tráfico de influência no ministério, com a participação de pastores sem cargos públicos, que são acusados de pedir propina a prefeitos em troca de verbas públicas federais para a educação.
“O Centrão tá desesperado”, disse Weintraub, em vídeo postado em suas redes nesta tarde (ignorando seu tímido 1% de intenções de voto para o governo estadual, segundo pesquisa Datafolha). “Tá aparecendo um escândalo atrás do outro no MEC, onde eles colocaram as patas imundas deles, e aí ficam inventando história pra tentar criar cortina de fumaça”, disse ainda o ex-ministro. “Enquanto eu estava no MEC, não tinha uma linha fora do lugar, não teve uma única acusação nem suspeita”, completou.
Weintraub está chateado com a repercussão de um áudio seu no qual ele faz críticas ao presidente Bolsonaro e dá a entender que uma vitória do ex-chefe nas eleições deste ano seria pior do que ter o petista Luiz Inácio Lula da Silva na presidência. “Tenho que dizer que o presidente Bolsonaro, ao se aliar ao Centrão, transformou um sonho que a gente tinha, de mudança no país, em um pesadelo. Porque hoje ou é com o Lula ou a gente continua piorando, porque, com ele [Bolsonaro], vai continuar piorando”, disse Weintraub em uma sala de áudio no Twitter. Por causa dessa fala, as redes sociais começaram a dizer que o ex-ministro preferiria votar em Lula do que em Bolsonaro.
“Nesse MEC que o Centrão colocou as patas imundas, já apareceu um monte de suspeita, conversa errada”, continuou Weintraub. “Aí eles criam cortina de fumaça que vou apoiar o Lula, a coisa mais maluca que vi na vida, Eu não vou apoiar o Lula”, concluiu ele, sem dizer, porém, em quem pretende votar para presidente da República.
