O advogado Igor Escher, de 33 anos, disse que foi ameaçado por policiais militares, de ser levado para a delegacia, por ter ido ao local de votação em Goiânia (GO) com uma toalha do candidato à Presidência Luiz Inácio Lula da Silva (PT) amarrada sobre o ombro.
Durante a ação policial em uma zona eleitoral do Jardim Planalto, neste domingo (30/10) de eleição, os PMs chegaram a tomar o celular do eleitor, que tinha começado a filmar a abordagem.
Veja o vídeo:
Segundo Escher, logo após votar, os PMs o abordaram, o acusaram de estar cometendo crime eleitoral e pediram que ele tirasse a toalha de apoio ao candidato do PT.
“Eu me neguei, porque estava me manifestando de forma silenciosa, como manda a legislação eleitoral. Então, o policial disse que iria me conduzir para a delegacia por supostamente estar cometendo crime eleitoral. Estava com a minha filha no colo”, relatou o advogado ao Metrópoles.
Coagido
Escher disse que se identificou como advogado e começou a filmar a abordagem, quando um dos militares tomou o celular. O eleitor disse que se sentiu coagido ao sofrer essa abordagem em público.
“Várias pessoas, de verde e amarelo, ficaram em volta de nós. Uma mulher chegou a questionar minha esposa se queríamos ‘ideologia de gênero’ para nossa filha. Enfim, uma situação vexatória e sem nenhuma razão ou legalidade”, avaliou o advogado.
A situação constrangedora foi interrompida após a chegada de um funcionário da Justiça Eleitoral que disse aos policiais militares não haver irregularidades na conduta do eleitor. O celular foi devolvido.
A reportagem entrou em contato com a Polícia Militar e a Secretaria de Segurança de Goiás, mas não houve retorno até a última atualização da matéria.
