Dr. Luizinho diz que CPI “não é esfera” para discutir cloroquina

Ao Metrópoles, o deputado federal que foi cotado para assumir Ministério da Saúde argumenta que o assunto ainda é debatido por médicos

atualizado 29/05/2021 6:41

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Deputado federal Dr. Luizinho Hugo Barreto/ Metrópoles

Em entrevista ao Metrópoles, o médico e deputado federal Dr. Luizinho (PP-RJ) afirmou que a prescrição de cloroquina para pacientes acometidos pelo novo coronavírus não é um assunto que deveria ser discutido na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19. O parlamentar argumenta que o uso do medicamento ainda é discutido por médicos e pesquisadores da área. “Milhares de profissionais de altíssima qualidade ainda defendem o tratamento precoce”, disse (confira a partir de 13’30”).

“A única esfera onde não era para ser discutido tratamento precoce é no Parlamento brasileiro. Não é motivo de CPI”, afirmou. “A gente está tirando essa discussão do campo da ciência e colocando no campo da política. Eu não acredito que ninguém da medicina está politizando. Porque a guerra está dentro, também, da medicina. Entre os que defendem e os que são contra o tratamento precoce”, argumenta.

O parlamentar destaca o parecer do Conselho Federal de Medicina (CFM) que delegou ao médico e ao paciente a autonomia de decidirem, juntos, sobre o uso da cloroquina e da hidroxicloroquina em casos de diagnósticos confirmados de Covid-19.

Dr. Luizinho pontua o que, de acordo com ele, deveria ser investigado na CPI da Covid. “CPI tem que ser: comprou a vacina no momento adequado? Tomou a decisão de isolamento? Comprou respirador? Comprou no preço? Não comprou no preço? Fez aquisição na hora certa?”, elenca.

Com o apoio de parlamentares do chamado Centrão, Dr. Luizinho foi cotado para assumir o comando do Ministério da Saúde, após a queda do general Eduardo Pazuello. O posto, no entanto, foi ocupado pelo médico Marcelo Queiroga. Na entrevista, o parlamentar elogiou o atual ministro. “Tem feito um bom trabalho”, diz.

Dr. Luizinho, no entanto, pontua o que identifica como erros na condução do combate da Covid-19, tanto no início da pandemia quanto nos dias atuais. “Não é possível que a gente ainda não tenha um controle aeroportuário e nem controle de portos e rodoviários. Nós tínhamos que ter um controle da migração dentro do território brasileiro. Se nós, ainda em dezembro e janeiro, tivéssemos vacinado e isolado Manaus, não teríamos espalhado a cepa P.1 no Brasil, o que provocou uma segunda onda, devastadora.”

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CPI e impeachment

Integrante do Centrão, Dr. Luizinho afirmou que não existe clima entre os parlamentares para a votar um possível processo de impeachment do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Segundo ele, o momento de se avaliar os atos do chefe do Executivo será em outubro de 2022, nas eleições presidenciais.

“Não tem clima para impeachment do presidente. O presidente da República vai passar por um processo de validação do seu mandato em outubro do ano que vem. E as pessoas vão fazer a validação através do voto. Acho que a gente tem que acabar com essa prática de impeachment, de derruba presidente, derruba governador. As pessoas tem que decidir no voto corretamente. A gente pode até tomar uma decisão e depois de um ano, dois anos, estar arrependido. Mas na hora de votar a gente precisa entender que vai ter reflexo por quatro anos”, disse.

Sobre as ações de Bolsonaro no combate à pandemia, o parlamentar afirmou que o presidente foi “muito mal aconselhado”. “Ele é um homem que está sempre mais sensível aos apelos populares. Então, está sempre preocupado com os aspectos econômicos. Da mesma forma que o presidente Bolsonaro tem os erros dele, os governadores e prefeitos, todos nós no Brasil, temos nossos erros. Acima de tudo, a gente precisa superar esse momento. O momento de avaliação do presidente será nas eleições”, afirmou.

A seguir, assista ao Metrópoles Entrevista com Caio Barbieri:

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