Enviado especial a Suzano (SP) – A igreja Matriz de São Sebastião, em Suzano, ficou lotada no encerramento das homenagens às vítimas do massacre no Colégio Estadual Raul Brasil, que completou sete dias nesta quarta-feira (20/3).
Parentes de vítimas, sobreviventes, alunos, professores e moradores do município paulista, distante 50 km da capital, acompanharam a missa desde as 19h30. Muito emocionados, eles sentaram-se em área reservada do templo.
Com cânticos religiosos, a missa foi iniciada com a leitura dos nomes dos 10 mortos na tragédia, incluindo o dos atiradores Guilherme Taucci, 17 anos, e Luiz Henrique de Castro, 25.
O padre Antônio Maria pediu para que todos os afetados pela tragédia confiem seu luto em Deus. “Fé é o que nos faz enfrentar as dificuldades. A montanha da dor é muito grande, mas a fé nos ajuda a transpor essa montanha. O mal da dor é que dói, mas ela nos faz crescer, nos amadurece”, disse.
Matança
Há uma semana, os atiradores Guilherme Taucci Medeiros e Luiz Henrique de Castro desencadearam uma matança que deixou 10 mortos – incluindo os executores do crime. Desde então, não houve um dia sequer em que alunos, pais de vítimas e moradores de Suzano não homenageassem as vítimas.
A comerciante Irene dos Reis, de 45 anos, mora em Suzano há 20 anos e acredita que o tiroteio inédito será difícil de ser superado. “Vemos esse tipo de caso longe da gente, fora do país. Quando acontece próximo assusta demais, desequilibra”, disse, emocionada.
Durante a manhã desta quarta, um ato ecumênico reuniu lideranças religiosas no colégio palco da chacina. Eles pediram que a comunidade de unisse para superar o trauma causado pela tragédia. No fim, os participantes deram um abraço simbólico no prédio.
As aulas continuam suspensas. A escola ficará fechada até a próxima segunda-feira (25/3), quanto atividades psicossociais serão retomadas.
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