ES lidera incidência de intoxicação por agrotóxicos entre 2021 e 2022

Em seguida os estados de Tocantins, Paraná, Goiás e Rondônia têm os maiores coeficientes de incidência de intoxicação por agrotóxicos

atualizado 08/06/2023 18:15

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aplicação agrotóxicos Faisal Bashir/SOPA Images/LightRocket via Getty Images

O estado do Espírito Santo teve a maior incidência de casos de intoxicação exógena por agrotóxicos entre 2021 e 2022. Foram quase 304 casos para cada 100 mil habitantes.

Logo atrás aparece Tocantins, com coeficiente de incidência de 255,4 e Paraná, com 204,7. Os dados são do mais recente boletim epidemiológico publicado pelo Ministério da Saúde: “Vigilância em saúde de populações expostas a agrotóxicos no Brasil, entre 2020 e 2022”.

A publicação ressalta que a toxidade dos agrotóxicos pode afetar a saúde humana de forma variada, de acordo com o princípio ativo, a dose absorvida e a forma de exposição. “As consequências da exposição aos agrotóxicos resultam em diferentes efeitos na saúde, como alergias a distúrbios gastrointestinais, endócrinos e neurológicos, neoplasias ou mesmo óbito”, destaca o documento.

Espírito Santo (303,9), Tocantins (255,4), Paraná (204,7), Goiás (143,2) e Rondônia (142,3) lideram o ranking do índice de incidência de intoxicação por agrotóxicos no país. Já os estados com menores coeficientes são Amapá (10,1), Amazonas (17,4), Maranhão (18), Pará (26,1) e Rio de Janeiro (30,7).

Veja o gráfico dos estados:

coeficiência de incidência intoxicação por agrotóxico

O texto analisa a implementação das redes de Vigilância em Saúde de Populações Expostas a Agrotóxicos (VSPEA) no país desde 2021. Foram selecionados 658 municípios prioritários, que contavam com predominância de trabalhadores na agricultura familiar.

O Plano Nacional de Saúde (PNS), no quadriênio 2020-2023, tem como meta implantar a VSPEA em 60% dos municípios prioritários até 2023 e em 30% até 2022. Em 2022, a implementação nos locais selecionados superou a meta e atingiu 33,3%.

Agricultura familiar

“Os municípios selecionados no âmbito do [Plano Nacional de Saúde] PNS tiveram como referência aqueles com maior número de trabalhadores na agricultura familiar, por envolver um maior quantitativo de trabalhadores sob risco de exposição aos agrotóxicos e por estes estarem muitas vezes em situação de maior vulnerabilidade socioeconômico”, detalha o boletim.

O ministério expõe, ainda, que os impactos da exposição aos agrotóxicos se tornaram “um relevante problema ambiental e de saúde pública, diante do uso intenso e difuso desses produtos no Brasil”.

“Essa situação é ainda mais agravada se levar em conta que a subnotificação dos casos de intoxicação exógena é historicamente expressiva, o que se agrava nos casos de intoxicações crônicas”, complementa o documento.

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