Segundo levantamento feito pela Diretoria de Análise de Políticas Públicas da Fundação Getúlio Vargas (FGV DAPP), a saída do ex-ministro da Justiça e da Segurança Pública, Sérgio Moro, anunciada nesta sexta-feira (24/04), gerou repúdio de 70% dos perfis engajados no debate político nas redes sociais. Os dados coletados no Twitter entre 11 e 13h30, apontam que a base de apoio do presidente Jair Bolsonaro se mostrou dividida.
A análise constatou que o campo de oposição ao governo superou, nesta sexta-feira, o espaço obtido na defesa do então ministro Luiz Henrique Mandetta, que chegou a mobilizar 60% dos perfis em seu apoio no início deste mês. Já a base de direita, por sua vez, se apresenta até o momento dividida no tom do debate.
A pesquisa também destaca que influenciadores de direita, como @rconstantino, @anapaulavolei, @leandroruschel e @carlazambelli38 lamentaram a demissão de Moro, destacando que o pedido foi uma perda no combate à corrupção e, possivelmente, um erro do governo.
Outros perfis como @allantercalivre, @danielpmerj, @realpfigueiredo publicaram os primeiros ataques ao ex-juiz e agora ex-ministro, criticando o pronunciamento e o acusando de agir politicamente e reforçando a confiança em Jair Bolsonaro.
A oposição da esquerda analisou a narrativa do ex-juiz como inconsistente. Também apontaram ilegalidades no discurso do pronunciamento, e enalteceram o reconhecimento da autonomia da PF em governos do PT em seu discurso.
Desdobramento nas redes sociais
Hashtags de apoio a Moro predominam em meio a mais de 1 milhão de tuítes em 2h. A análise afirma que nos dois primeiros lugares do debate, aparecem as hashtags em defesa de Moro #bolsonarotraidor e #forabolsonaro. Já, apoiando as ações do presidente, as hashtags mais usadas foram #tchauquerido, #fechadocombolsonaro e #fechadoscombolsonaro.
