Rio de Janeiro — A Polícia Militar informou que os agentes envolvidos na morte do jovem Cauã da Silva, de 17 anos, foram afastados e tiveram suas armas recolhidas. Familiares e testemunhas dizem que Cauã foi baleado por militares e seu corpo acabou jogado em um valão.
O adolescente participava de um projeto social de luta na comunidade do Dourado, em Cordovil, Zona Norte do Rio. Segundo a família, Cauã não tinha envolvimento com o tráfico de drogas. Ele foi baleado no peito nessa segunda-feira (4/4) quando saía de uma festa para crianças na comunidade.
Ele foi resgatado do valão por moradores, levado ao Hospital Estadual Getúlio Vargas, na Penha, mas já chegou sem vida.
Os agentes foram ouvidos pela Delegacia de Homicídios da Capital e pela 1ª Delegacia de Polícia Judiciária Militar. As armas da equipe já foram entregues à perícia da Polícia Civil e os profissionais estão afastados do serviço nas ruas.
Protestos
A morte de Cauã provocou protestos na região de Cordovil e de Brás de Pina, ambos bairros da Zona Norte. Entre segunda e terça-feira (5/4), três ônibus foram incendiados em ruas da localidade.
