O partido Republicanos oficializou nesta terça-feira (29/10) o nome do deputado Hugo Motta (Republicanos-PB) como candidato à presidência da Câmara. O evento para formalizar a candidatura foi na sede do partido, em Brasília (DF). A eleição será em fevereiro de 2025.
No pronunciamento de anúncio de Motta, o presidente do Republicanos, Marcos Pereira (SP), disse que o líder da sigla na Câmara é o nome capaz de “unir” todas as forças da Casa.
“O deputado Hugo Motta representa hoje o nome capaz de agregar todas as forças políticas da Câmara dos Deputaods para fortalecer a agenda legislativa e enfrentar os desafios que o Brasil tem pela frente”, declarou Pereira.
Antes da entrevista à jornalistas, a bancada da sigla se reuniu para fazer a formalização. A legenda tem 44 deputados. Motta é o candidato que tem o apoio do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), para sucedê-lo.
Mais cedo, Lira formalizou seu apoio ao deputado paraibano. O presidente da Câmara fez o anúncio na Residência Oficial da Casa, ao lado de Motta e de outros líderes partidários. O congressista já havia confirmado seu apoio a Motta em um almoço com lideranças de partidos, em 11 de setembro.
“Depois de muito conversar e sobretudo de ouvir, estou convicto de que o candidato com maiores condições políticas de construir convergências no parlamento é o deputado Hugo Motta, nome que demonstrou capacidade de aliar polos aparentemente antagônicos, com diálogo, leveza e altivez”, disse Lira em pronunciamento na manhã desta terça.
Há ainda dois outros candidatos na disputa: Elmar Nascimento (União Brasil-BA), antes favorito e que foi preterido por Lira, e Antonio Brito (PSD-BA).
PL da anistia: “Misturar com eleição não é justo”
Ao responder a jornalistas sobre a decisão de Lira de levar a proposta de anistiar presos por participação ou financiamento dos atos antidemocráticos do 8 de Janeiro de 2023 para uma comissão especial, Motta disse que não se podia misturar a disputa para eleição da Casa com um projeto.
O líder do Republicanos defendeu o mesmo que Lira, que o texto siga todos os trâmites dentro da Câmara e não seja debatido de forma apressada. Na avaliação de Motta, o PL, que indicava apoio a ele na disputa, não vai se afastar da sua candidatura depois da ação do atual presidente da Casa.
O PL é o maior partido da Câmara, com 92 deputados. O texto virou uma pauta crucial da direita brasileira ligada ao bolsonarismo.
