São Paulo – Um vídeo gravado por moradores de Morro Agudo, cidade próxima a Ribeirão Preto, no interior de São Paulo, registrou o deslocamento de um redemoinho de poeira em uma área rural da região.
O morador que registrou as imagens chegou a pensar que a coluna poderia vir em sua direção. Mas, logo na sequência, ele percebeu que o redemoinho não iria se aproximar. “Nós tava lascado!”, disse ele no vídeo, ao mencionar a possibilidade de ficar na rota do fenômeno.
Neste período do ano, em função do tempo muito seco naquela região de São Paulo, os redemoinhos de poeira aparecem com frequência em função do calor e dos ventos.
“Quando o solo está muito quente, o ar logo acima aquece de forma rápida e forma um minicentro de baixa pressão, que faz com que o ar suba em forma de espiral, levando poeira junto e formando o redemoinho”, explica a meteorologista Maria Clara de Oliveira Carneiro Sassaki, do Climatempo, ao G1, que recebeu o vídeo do secretário de governo de Morro Agudo, Rogério Chiaroti.
Chuvas provocam queimadas
A falta de chuvas na região também favoreceram o aparecimento de focos de queimadas, o que pode contribuir para o fenômeno, mas não é essencial. O tamanho do redemoinho gravado no vídeo impressiona, mas não considerado algo fora do comum pelos especialistas:
“É normal, sim, acontecerem redemoinhos com essa proporção. Tudo depende da pressão do centro de baixa pressão que se forma com o contraste da temperatura. Quanto menor o valor da pressão, mais rápida é a velocidade do vento no entorno”, explica Maria Clara.
A especialista afirma que, apesar de geralmente não oferecer riscos, é aconselhável que se mantenha uma distância segura do redemoinho.
