Neste início de semana, cientistas da Universidade de Hong Kong, deram ao mundo indícios científicos de um medo global: o da reinfecção pelo novo coronavírus após um primeiro contágio. As conclusões publicadas do outro lado do mundo deverão ajudar na investigação de 16 possíveis casos de reinfecção que estão sendo feitos em duas instituições em São Paulo.
O jornal O Globo publicou nesta segunda-feira (24/8) reportagem informando que o Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP na capital paulista acompanha sete casos e o HC de Ribeirão Preto, oito.
A reportagem dá como exemplo o caso de uma técnica de enfermagem de Ribeirão, que teve Covid-19 em maio, se curou, mas voltou a apresentar sintomas (e um segundo resultado positivo) 38 dias depois.
Ainda segundo o texto, a Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto já enviou a uma revista científica estrangeira conclusões sobre esse caso e espera uma resposta em até 10 dias sobre a publicação, que daria mais força à teoria da possibilidade de reinfecção.
Hong Kong
No caso já descrito em uma publicação científica, o paciente tem 33 anos e sentiu apenas sintomas leves durante a primeira infecção. Quatro meses e meio depois de recuperado, após ele retornar de uma viagem à Espanha, veio o segundo diagnóstico.
Ao fazer o sequenciamento genético do vírus, os pesquisadores perceberam que ele batia com o que estava circulando na Europa nos meses de julho e agosto e era uma versão bastante diferente daquela do coronavírus diagnosticado no homem na primeira vez.
A descoberta levou os estudiosos a comprovarem a reinfecção, o que até aqui era apenas uma hipótese depois de várias pessoas terem relatado sintomas meses após estarem recuperadas.
