Ao sair de uma reunião do diretório nacional do PSL nesta terça-feira (22/10/2019), o senador Major Olímpio (SP) confirmou que o partido decidiu suspender 19 parlamentares que integram o grupo do presidente Jair Bolsonaro (PSL).
Além dos cinco deputados federais que já haviam sido alvo de medida semelhante na semana passada – Alê Silva (MG), Bibo Nunes (RS), Carla Zambelli (SP), Carlos Jordy (RJ) e Filipe Barros (PR) –, a nova lista de suspensões inclui, ainda, Eduardo Bolsonaro (SP), filho do chefe do Executivo nacional.
Na última segunda-feira (21/10/2019), o PSL havia comunicado à Câmara dos Deputados o recuo na decisão de suspender os cinco parlamentares, mas mudou novamente de ideia depois que o grupo pró-Bolsonaro apresentou nova lista para destituir Delegado Waldir (PSL-GO) da liderança da bancada na Casa. O político goiano foi substituído por Eduardo no posto.
O major afirmou que o recuo havia sido feito no “espírito de se tentar fazer uma diminuição nos danos”. “Agora, o partido está deixando muito bem claro: vai fazer tudo dentro da regra, da legalidade, no detalhe, para apurar as condutas individualmente. Aqueles que tiverem que ser punidos serão, independente de mudança ou não de liderança”, declarou o congressista.
Segundo o senador, os deputados federais já começaram a ser notificados da decisão e terão, então, cinco dias para apresentarem suas respectivas defesas. A partir daí, o Conselho de Ética do PSL deve elaborar um parecer recomendando punições que achar cabíveis, inclusive a suspensão de fato das atividades parlamentares.
