Vazamento: Lava Jato teria desconfiado de delator que incriminou Lula

Novas conversas apontam suposto descrédito de procuradores nos relatos do empreiteiro Léo Pinheiro, ex-presidente da OAS

atualizado 30/06/2019 11:11

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Rafaela Felicciano/Metrópoles

Os procuradores da Lava Jato teriam tratado com desconfiança o empreiteiro que incriminou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no caso triplex. Segundo novas conversas obtidas pelo site The Intercept e divulgadas pelo jornal Folha de S.Paulo neste domingo (30/06/2019), o ex-presidente da construtora OAS Léo Pinheiro teria mudado a versão das informações algumas vezes e, com isso, começou a ter crédito.

De acordo com o veículo, Léo Pinheiro só teria chegado à versão que incriminou Lula um ano após o início das negociações com a Lava Jato, em abril de 2017. Na ocasião, ele teria sido interrogado pelo então juiz Sergio Moro e afirmado que a reforma do apartamento era parte dos acertos com o PT para firmar contratos da OAS com a Petrobras.

“Sobre o Lula eles não queriam trazer nem o apartamento Guarujá”, teria dito o promotor Sérgio Bruno Cabral Fernandes em supostas mensagens no aplicativo Telegram.

Desde o início das negociações da OAS com a Lava Jato havia um certo ceticismo por parte dos procuradores, segundo a Folha. “A primeira notícia de versão do LP [Léo Pinheiro] sobre o sítio já é bem contrária ao que apuramos aqui”, comentou no chat o procurador Paulo Roberto Galvão.

A opinião dos procuradores teria ficado mais evidente em outro trecho: “Tem que prender Léo Pinheiro. Eles falam pouco. Me parece que não está valendo a pena”, apontou Januário Paludo a outros procuradores.

As mensagens entre os procuradores indicariam que os relatos de representantes da OAS tiveram alterações até que a força-tarefa da Lava Jato aceitasse assinar o termo de confidencialidade com os advogados da empreiteira.

Um deles pode ter tido efeito contrário e a empreiteira precisou recuar, após apontar o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Dias Toffoli. De acordo com Léo Pinheiro, uma empresa indicada pela OAS teria feito uma reforma na casa do presidente da Corte.

A suposta informação, no entanto, despertou reação do STF e a Lava Jato teve de recuar. As negociações com a OAS foram suspensas, mas retomadas em março de 2017.

Entenda
Desde o início deste mês, o site The Intercept tem divulgado uma série de matérias com supostos diálogos vazados entre o então juiz Sergio Moro e procuradores da força-tarefa, que mostram suposta colaboração entre eles.

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